Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Simões, Julia de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-05082021-093518/
|
Resumo: |
A produção in vitro de embrião (PIVE) em bovinos consiste na maturação do oócito (MIV), fecundação (FIV) e subsequente cultivo in vitro (CIV). Para o sucesso em cada etapa, os gametas precisam de alguns requisitos. Em relação ao espermatozoide, as células precisam ser capacitadas para a fecundação in vitro para gerar o zigoto. O processo de capacitação espermática deixa a célula pronta para a fecundação por meio de alterações funcionais e estruturais resultando em mudanças de permeabilidade na membrana celular, promovendo o influxo de cálcio. Além do cálcio, estudos recentes descreveram a participação do zinco no processo, podendo ser um novo método para avaliar a capacitação espermática. O espermatozoide precisa ser capacitado para fecundar, no entanto, uma capacitação prematura é prejudicial, pois inviabiliza a célula para sua principal função. A manipulação, congelação/descongelação, preparação de espermatozoides para a PIVE e a seleção de células podem ocasionar esta capacitação prematura. Para a FIV, há a necessidade de se separar os espermatozoides com motilidade, sendo o gradiente de densidade Percoll® o mais utilizado em bovinos. Ainda não está claro se a submissão do sêmen a esse gradiente promove a capacitação completa dos espermatozoides, refletindo negativamente na produção in vitro de embriões, sendo este o objetivo do presente estudo. Para tanto, sêmen de 10 touros Nelore, foi submetido (PÓS) ou não (PRÉ) ao gradiente de densidade Percoll®. A motilidade espermática foi avaliada por análise computadorizada (CASA) e a integridade da membrana plasmática (PI) e o potencial de membrana mitocondrial (JC1) por citometria de fluxo. A capacitação espermática foi avaliada por ensaio de fluorescência de clortetraciclina (CTC) e as assinaturas de zinco utilizando a sonda de fluorescência FluoZin™ -3 AM (FZ3). Por fim foi realizado a produção in vitro de embriões utilizando as amostras seminais submetidas ao gradiente Percoll®. Foi realizado a correlação entre as taxas de clivagem, de blastocisto e de desenvolvimento embrionário com as variáveis de capacitação. O grupo PRÉ (não submetido ao gradiente Percoll®) apresentou maior porcentagem de espermatozoides capacitados, quando comparado ao grupo PÓS, que apresentou maior quantidade de espermatozoides não capacitados. O grupo PRÉ apresentou também, maior porcentagem de espermatozoides reagidos na avaliação da CTC e maior porcentagem de espermatozoides com retilinearidade, quando comparados aos espermatozoides submetidos ao gradiente Percoll®. Foi possível observar uma correlação negativa entre a assinatura de zinco (3 e 4) no espermatozoide, que indica células capacitadas, e a taxa de desenvolvimento embrionário in vitro, demostrando que quanto mais células capacitadas PÓS Percoll®, menos embriões são produzidos. O gradiente de densidade Percoll® remove os espermatozoides já capacitados das amostras, confirmado pela maior presença de células não capacitadas após o gradiente. A capacitação de espermatozoides detectada pela assinatura de ZN3 correlaciona negativamente com a taxa de blastocisto e desenvolvimento embrionário. |