Sensibilidade, formalização, reflexão: a pobreza como experiência intelectual em Recife no meio do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Fabio Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-06072023-171734/
Resumo: Esta tese analisou a sociabilidade intelectual da cidade do Recife durante os anos 1946 - 1964 e a percepção do subdesenvolvimento como experiência social e cultural. O eixo dessa perspectiva de análise são as reflexões sobre o subdesenvolvimento econômico e social do Nordeste levadas a cabo por determinada elite intelectual. A tese se fundamentou em amplo corpus documental produzido pelas principais instituições que realizaram debates e projetos na tentativa de entender e equacionar as questões em torno do subdesenvolvimento do Nordeste, a saber: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, Universidade do Recife e Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), além da extensa documentação do Movimento de Cultura Popular do Recife - MCP. A partir desse corpus, a tese analisou o entrecruzamento das redes intelectuais do Recife, agentes e instituições que marcaram a cena cultural da cidade em meados do século XX, como uma determinada experiência urbana, marcada pelo \"espetáculo da pobreza\". Essa perspectiva nos impôs responder às seguintes questões: é possível falar em perfil coletivo desses intelectuais nesse meio de século em Recife? A experiência urbana dessa elite intelectual, aliada às características socioeconômicas locais, contribuiu para uma percepção peculiar da miséria que desembocou em uma reflexão sobre o subdesenvolvimento? A produção cultural desses grupos intelectuais pode ser entendida como uma espécie de contra-elite? A escrita dessa história ganhou contornos a partir de uma abordagem teórica que justapôs o tripé história intelectual, história das cidades e história das elites intelectuais.