Neuropatia auditiva/dessincronia auditiva: um estudo em alunos de três escolas especiais para deficientes auditivos da cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Sanfins, Milaine Dominici
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-19092014-101620/
Resumo: Introdução: A Neuropatia auditiva/Dessincronia auditiva (NA) é um transtorno que foi identificado há apenas 20 anos, os pacientes que possuíam este transtorno eram diagnosticados como deficientes auditivos como conseqüência da falha no diagnóstico. Com o surgimento do registro das Emissões Otoacústicas e sua presença no repertório de testes de avaliação auditiva, foi possível ao clínico fazer o diagnóstico de NA. Assim sendo, é possível que alguns indivíduos que foram diagnosticados como portadores de uma perda auditiva neurossensorial, tivessem, na verdade, NA. Objetivos: O objetivo deste estudo foi caracterizar o tipo e grau da deficiência auditiva em uma população de deficientes auditivos da cidade de São Paulo; verificar a época da suspeita pelos pais da deficiência auditiva bem como do diagnóstico audiológico nestes indivíduos; identificar os participantes cujas avaliações comportamentais são incompatíveis com as avaliações eletrofisiológicas, visando identificar casos de Neuropatia Auditiva e realizar estudo qualitativo de casos dos participantes com incompatibilidade de respostas nas avaliações comportamentais e eletrofisiológicas. Método: Foram avaliados 89 deficientes auditivos de três escolas especiais da cidade de São Paulo e 11 do setor de Audiologia Educacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo através de alguns testes audiológicos: imitanciometria, audiometria tonal limiar (ATL), emissões otoacústicas (EOA) e potencial evocado auditivo do tronco-encefálico (PEATE). Resultados: Dos 100 participantes deste estudo, 99% apresentaram uma deficiência auditiva do tipo neurossensorial e em 50% o grau predominante da deficiência auditiva foi profundo, um deles não conseguiu realizar a ATL. A média de idade da suspeita dos pais foi de 15,52 meses e o diagnóstico clínico foi de 25,07 meses, em todos os grupos a suspeita dos pais foi anterior ao diagnóstico. Apenas um participante apresentou avaliações comportamentais incompatíveis com as eletrofisiólogicas, todavia, no decorrer da pesquisa o quadro foi modificado, sendo que a flutuação da audição foi o fator mais marcante observado. Conclusões: Os resultados sugerem que a NA é um transtorno raro mesmo na população dos deficientes auditivos e alertam para a necessidade de acompanhar longitudinalmente os casos de suspeita do transtorno