Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Guidugli, Simone Kelly Niklis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20072022-134026/
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Resumo: |
As transformações dos modelos de família, no decorrer da história, fizeram com que homens e mulheres se reposicionassem socialmente, sendo a paternidade um tema que sofre impactos dessas transformações e tem sido constantemente revisitado. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a vivência da paternidade, antes e depois do nascimento, em homens primíparos e, como objetivos específicos, compreender o processo de identificação dos pais com as esposas grávidas, nos períodos pré-natal e puerperal, e analisar os impactos da pandemia no processo de paternidade, nos mesmos períodos. O método utilizado foi o clínico qualitativo e longitudinal, com duas entrevistas realizadas individualmente (uma no pré-natal e outra no puerpério) com cinco homens casados, na faixa etária entre 30 e 36 anos. Do total de participantes 04 eram profissionais de empresas privadas e 01 autônomo, o que repercutiu diversamente no tempo de licença paternidade e na renda salarial, considerando os impactos do isolamento social na pandemia; 02, da raça/cor negra, apresentaram preocupações específicas frente à experiência do racismo que o filho poderá vir a sofrer; as diferentes crenças religiosas também tiveram influência no significado atribuído pelos pais aos filhos. A partir da análise de conteúdo, que considerou a perspectiva psicanalítica, especialmente winnicottiana, foram elaboradas cinco categorias temáticas: 1. Expectativas versus paternidade real; 2. Da invisibilidade ao protagonismo do pai; 3. Da identificação com a mãe à inveja; 4. A pandemia: do isolamento à necessidade de privacidade; 5. A valorização desse novo pai. Considerações finais: compreendeu-se que os participantes da pesquisa possuíam um desejo de também serem protagonistas de ações na interação com os filhos/bebês de modo quase similar às mães. Aos profissionais da saúde mental, psicólogos e psicanalistas, a pesquisa pode contribuir para mostrar a importância de oferecer escuta, revisitar conceitos e colaborar para uma visão mais atualizada que agregue antigos e fortalecidos temas às constatações contemporâneas. Sendo assim, considera-se que é possível que homens sejam pais suficientemente bons, parafraseando o termo winnicottiano de mãe suficientemente boa, uma vez que a característica principal para que esta seja assim considerada é a disponibilidade temporária a uma tarefa única, o que implica em primeiro lugar no desejo, algo que os pais participantes desta pesquisa claramente possuíam |