Estilo de vida e sua associação com a longevidade de idosos muito velhos de Aracaju, SE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lima, Wilma Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-26062014-121118/
Resumo: A longevidade é um processo inevitável, irreversível e de extrema importância para a civilização. A população de idosos de 80 anos ou mais tem aumentado, demandando atenção e compromisso por parte dos profissionais de saúde. Conhecer o processo de envelhecimento envolve o estudo de vários fatores, dentre eles, o estilo de vida que pode estar relacionado a maior longevidade desses idosos muito velhos. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar o estilo de vida e sua associação com a longevidade de idosos muito velhos do município de Aracaju-SE. Metodologia: estudo descritivo-exploratório, transversal, com abordagem quantitativa. O cenário de estudo foi o município de Aracaju, uma das capitais do nordeste que apresentou crescimento acelerado do número de idosos nos últimos 40 anos. Os critérios de inclusão para a população foram: idosos cadastrados nas Unidades de Saúde da Família, de ambos os sexos, com 80 anos ou mais, que deveriam atingir o mínimo de 19 pontos no Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Foram realizadas entrevistas estruturadas por meio de três formulários: um com dados do MEEM; outro com dados socioeconômico e demográfico, de saúde, de nutrição e de longevidade e o terceiro com dados do Perfil do Estilo de Vida Individual (PEVI)-Pentáculo do Bem-Estar. Para a análise dos dados, foi aplicada a estatística descritiva. Para a análise da associação entre PEVI e perfil socioeconômico e demográfico, de saúde, de nutrição e de longevidade, bem como para o conhecimento da consistência interna do formulário PEVI, foram utilizados testes estatísticos. Resultados: Foram entrevistados 524 idosos muito velhos, a faixa etária variou de 80 a 108 anos, com prevalência de idosos entre 80 a 85 anos, predominância do sexo feminino, baixa escolaridade, mais da metade eram viúvos, aposentados, católicos, residentes em casa própria. Com relação ao PEVI Pentáculo do Bem-estar - a maioria obteve referência para um bem-estar positivo para os determinantes nutrição, comportamento preventivo, relacionamento sociale controle do stress. Somente o determinante atividade física apresentou predominância de índice negativo para o bem-estar. Houve associação estatisticamente significativa com a longevidade para as variáveis: idade, escolaridade, consumo diário de verduras e legumes, de feijão, de hortaliças, ingestão de água, de leite integral ou semi-desnatado, de suco natural, chá e de café, a condição de saúde e ter plano de saúde. Quanto aos fatores de longevidade que tiveram associação significativa temos: avós/bisavós que viveram mais de 80 anos, contato pessoal familiar e atividade social. Os resultados do PEVI apresentaram adequada consistência interna, com medidas psicométricas confiáveis para avaliar o estilo de vida de idosos nesta faixa etária. Conclusões: A aplicação do instrumento PEVI em uma faixa etáriaaté então pouco explorada mostrou a possibilidade de identificar e diagnosticar o perfil do estilo de vida dos idosos muito velhos, permitindo estabelecer uma associação entre os componentes do pentáculo com a longevidade. Dessa forma, os resultados proporcionaram o perfil do estilo de vida desses idosos que podem constituir uma base de informações para que os profissionais de saúde realizem intervenções de saúde, seja no cuidado, orientação e planejamento, buscando proporcionar um envelhecimento saudável e de qualidade.