Memória, violência e território: de zapiway a cacique e a constituição do Povo Cinta Larga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marin, Nadja Woczikosky
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-15022018-102302/
Resumo: João Bravo não nasceu nem João, nem Bravo, nem Cinta Larga. Quando o cacique nasceu, muito antes do contato oficial com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), a vida nas aldeias era muito diferente do que é hoje. Partindo das memórias do cacique e de outras lideranças indígenas, a pesquisa discute as possibilidades do trabalho com memória, biografia e trajetórias de vida na antropologia e a importância de se ampliar o alcance das narrativas e interpretações nativas no contexto das forças assimétricas de representação sobre o passado e o presente. Nos últimos quinze anos, o povo Cinta Larga têm aparecido nos noticiários nacionais e internacionais por consequência dos conflitos violentos relacionados à invasão garimpeira e à exploração de diamantes dentro do território indígena, tendo o registro das memórias e do passado em seus próprios termos se tornado uma demanda prioritária das lideranças indígenas ao reconhecerem a importância política dessas representações. A pesquisa aborda também as potencialidades e limites das metodologias de uso da câmera de filmagem e do vídeo participativo em campo, assim como do conceito de etnobiografia desenvolvido pelo cineasta Jorge Prelorán.