O processo de licenciamento ambiental de usinas solares fotovoltaicas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sá, Thainá Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106134/tde-08022021-141910/
Resumo: A geração de energia elétrica a partir da fonte solar é bastante promissora. Isso se deve ao fato de que a busca por fontes renováveis é cada vez mais intensa, uma vez que os recursos finitos, como derivados de petróleo etc, estão se tornando mais escassos e novos projetos de hidrelétricas estão cada vez menos factíveis de serem desenvolvidos por questões ambientais. Diante dessas circunstâncias, o desenvolvimento de alternativas de menor impacto sobre o meio ambiente está na agenda da expansão do sistema de produção de energia elétrica. A produção de energia elétrica, através da conversão direta da radiação solar em eletricidade, com sistemas fotovoltaicos, apresenta-se como uma das alternativas. Contudo, a implantação e a operação de sistemas fotovoltaicos não estão livres de impactos ambientais associados com a adequação da área ocupada e com as movimentações logísticas da implantação e da operação dos sistemas. O processo de licenciamento ambiental para a implantação e operação de usinas fotovoltaicas não está amplamente estudado e há poucas referências. Nesse sentido, este trabalho faz uma análise do processo de licenciamento ambiental praticado no estado do Ceará, que possui um protocolo para o licenciamento ambiental de empreendimentos fotovoltaicos. A partir dessa análise, apresenta os principais obstáculos enfrentados, lacunas existentes e orientações para a elaboração de protocolos para licenciamento ambiental de usinas fotovoltaicas. Dentre os principais problemas encontrados, pode-se citar o conflito de competências, a ausência de normativa federal, deficiência de conhecimento técnico científico e a existência de um vínculo contratual entre a empresa executora do relatório ambiental e o interessado no empreendimento. Para que os obstáculos sejam resolvidos sugere-se a aprovação de normas que definam as competências atribuídas a cada esfera, regulamentação dos princípios do direito ambiental, criação de cursos específicos de tecnologia solar e passar o processo de licenciamento ambiental a um órgão independente, sem vínculo contratual com os interessados no empreendimento.