Retenção e nitrificação da amônia em solos do município de Piracicaba

• Ano de defesa: 1972
• Autor(a) principal: Kiehl, Jorge de Castro
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: AMÔNIA; NITRIFICAÇÃO; PIRACICABA-SP; SOLOS
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143345/

Amostras do horizonte superficial de séries de solo do Município de Piracicaba foram coletadas para estudos sobre capacidade de retenção de amônia, inibição do processo de nitrificação pela amônia e capacidade de nitrificação, levados a efeito através de três experimentos de laboratório independentes. A retenção de amônia pelas amostras de solo foi determinada aplicando-se amônia anidra em excesso, eliminando-se o gás não retido e determinando-se o amônio por destilação de um extrato com KCl. Os solos Artemis, Paredão Vermelho, Ribeirão Claro e Quebra Dente mostraram capacidades de retenção de amônia entre 196 e 290 ppm de N-NH3, e os solos Anhumas, Lajeadinho, Bairrinho, Guamium, Godinhos e Iracema, entre 757 e 1511 ppm de N-NH3. Houve acentuada tendência desses valores aumentarem com a variação da textura do solo no sentido da mais grosseira para a mais fina. A inibição do processo de nitrificação pela amônia foi avaliada no solo Lajeadinho tratando-se as amostras com amônia anidra em excesso ou com gás de amônia na concentração de 210 ppm de N-NH3; após a eliminação do gás não retido, as amostras amenizadas foram misturadas com solo esterilizado ou não esterilizado em várias proporções e incubadas por períodos de até 12 semanas. Um efeito estimulante na nitrificação do amônio retido foi observado quando se adicionou solo não esterilizado, indicando que a amônia livre havia causado uma esterilização parcial do solo durante a aplicação. Os resultados também indicaram que a amônia livre provocou inibição da nitrificação mesmo na concentração de 210 ppm, enquanto que o amônia retido favoreceu o processo ainda que em concentrações três vezes maiores. A capacidade de nitrificação foi avaliada pela produção final de nitratos aplicando-se quantidades conhecidas de amônia às amostras e incubando-as por períodos de até 12 semanas. O solo Iracema apresentou a maior capacidade para nitrificar a amônia adicionada, seguindo-se os solos Lajeadinho, Godinhos e Ribeirão Claro. A máxima velocidade de nitrificação, observada durante a incubação, foi mais alta no Iracema, mais baixa no Ribeirão Claro, e intermediária nos solos Godinhos e Lajeadinho. A aplicação de amônia elevou inicialmente o pH, mas em 3 semanas todos os solos tornaram-se mais ácidos. O processo de nitrificação nos solos Ribeirão Claro, Lajeadinho e Iracema sofreu substancial redução após 6 semanas, tendo-se admitido como causa, valores excessivamente baixos de pH (4,0 a 4,5); esse efeito não foi observado no Godinhos mesmo em semelhantes condições de acidez.