Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1980 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Benedito Vasconcelos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210104-164756/
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Resumo: |
Mudas de chuchu (Sechium edule Sw.) foram inoculadas com Agrobacterium tumefaciens (Smith e Townsend) Conn. e quando as plantas apresentavam galhas da coroa, bem desenvolvidas, foi feita uma outra inoculação com Meloidogyne incognita (Kofoid e White, 1919) Chitwood, 1949. Após três meses da inoculação do nematóide, segmentos de galhas da coroa foram coletados e preparados para observações histológicas, visando-se estudar aspectos biológicos do complexo planta-bactéria-nematóide. Nas observações microscópicas de cortes de galhas da coroa, constatou-se grande quantidade de conjuntos de três a cinco células gigantes, associados a fêmeas do nematóide. Os conjuntos de células gigantes encontravam-se, geralmente, circundados por uma espessa região diferenciada, constituída por camadas de elementos condutores curtos e anômalos, quase sempre orientados no sentido radial às células gigantes. As células gigantes tinham aspecto semelhante àquele exibido por este tipo de células, quando induzidas em raízes. Devido à inexistência, em galhas da coroa, de um sistema vascular estruturado, foi interpretado que o nematóide, além de induzir a formação de células gigantes, provoca também o aparecimento da região condutora que envolve os conjuntos dessas células. A região condutora, provavelmente serve para carrear nutrientes do tecido da galha da coroa para as células gigantes. Sugere-se também que, tanto as células gigantes como a região condutora, são induzidas pelo nematóide, a partir de células da galha da coroa já modificadas pela ação da bactéria (células tumorais). M. inaognita desenvolveu-se bem, produzindo grande número de ootecas no interior de galhas da coroa induzidas por A. tumefaciens em plantas de chuchu. Foram também desenvolvidos dois sistemas de cultivo in vitro para Meloidogyne javanica (Treub. 1885) Chitwood, 1949. Produziram-se plantas inteiras e sistemas radiculares de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L. 'Carioca') em frascos erlenmeyers de 125 ml, através da técnica de cultura de tecido, utilizando-se eixos embrionários como propágulos. Quando as plantas inteiras e os sistemas radiculares atingiram 15 dias de idade, foram inoculados com ovos axenizados de M. javanica e depois de 32 dias da inoculação, as galhas foram coletadas e preparadas para observações microscópicas. Para a obtenção das culturas in vitro de plantas inteiras e de apenas sistemas radiculares de feijoeiro, utilizaram-se culturas de embrião nos meios E2 e E, respectivamente. O meio E2 quando semeado com embrião de feijoeiro propicia a diferenciação total e perfeita da planta e o meio E proporciona a produção de calos e posterior morfogênese de raiz a partir de eixo embrionário dessa leguminosa. Não se observaram diferenças no desenvolvimento de M. javanica em raízes de plantas inteiras ou em apenas sistemas radiculares produzidos in vitro, mas o uso de sistemas radiculares oferece mais vantagens. Em ambos os substratos, as larvas do nematóide penetraram e induziram a formação de galhas e células gigantes. As galhas tornaram-se visíveis entre o quarto e o décimo dia após a inoculação. Cortes histológicos de galhas coletadas de raízes de plantas inteiras e das culturas de sistemas radiculares, preparados 32 dias após a inoculação dos ovos de M. javanica, revelaram a presença de fêmeas adultas bem desenvolvidas, células gigantes e massas de ovos. As células gigantes eram semelhantes àquelas induzidas por esse nematóide em raízes de feijoeiro desenvolvendo-se em solo. As culturas de sistemas radiculares infestadas pelo nematóide, desenvolveram-se por mais de 80 dias e as de plantas inteiras apresentaram crescimento muito vagaroso. As vantagens desses dois sistemas de cultivo de M. javanica quando comparados com o cultivo sobre raízes decepadas, são a formação de grande número de raízes e o pequeno risco de contaminação que oferecem. |