Um grupo abstrato: cultura, geração e ambições modernas na revista Joaquim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Romanovski, Natalia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-11052015-161821/
Resumo: A pesquisa toma como objeto a revista literária Joaquim, editada em Curitiba entre 1946 e 1948. Procuramos entender as condições de possibilidade desse empreendimento intelectual e as características dos posicionamentos expressos na revista, em suas relações com as trajetórias dos principais colaboradores e com a posição que eles ocupavam no espaço intelectual paranaense e nacional. Primeiramente, caracterizamos o espaço intelectual paranaense, pensando as transformações pelas quais o estado passava em termos políticos, econômicos e sociais. Essas circunstâncias afetaram a posição de Curitiba e de suas elites tradicionais, e, em consequência, sua vida intelectual. Em seguida, mostramos como a revista se formou no seu núcleo principal de colaboradores estabelecidos em Curitiba. Suas colaborações estão relacionadas às suas trajetórias e às posições que ocupavam, o que se reflete em posicionamentos por vezes bastante variados. Por fim, buscamos analisar algumas das estratégias empregadas na revista, como as estratégias de divulgação e de autoidentificação em base geracional. Aqui, deve-se considerar a interlocução com os agentes e paradigmas dominantes, ligados ao modernismo dos centros nacionais e que colocavam os agentes numa relação de ambivalência sobre o seu pertencimento periférico. A análise das trajetórias e das estratégias revela diversos princípios operantes em um espaço intelectual em transformação no período do pós-guerra, com o processo de constituição de campos de produção cultural e a especialização dos produtores culturais, que por vezes concorria com o papel desses mesmos produtores enquanto intelectuais fortemente ligados ao campo do poder.