Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Araujo Netto, Carlos Alberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-04102012-152109/
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Resumo: |
Esta tese teve por objetivo investigar a reflexividade como componente estratégico na prática de Gestão de Recursos Humanos (GRH) e na contribuição crítica da Psicologia das Organizações e do Trabalho (POT) frente aos desafios da alta modernidade. Tomando como referencial a Sociologia de Anthony Giddens, os atores são capazes de elaborar, no contexto das relações sociais em que estão inseridos, as condições da sua própria ação e a do outro, confrontando aquilo que a organização diz ser da forma como é compreendida. Ao mesmo tempo, o estudo revelou que os atores esperam poder contribuir e agregar valor para a organização, pela dimensão cognitiva que possuem. Isso porque os atores produzem reflexão sobre os processos nos quais estão envolvidos, queira a empresa ou não, construindo experiências pessoais com alta potencialidade de informações e conhecimentos para a GRH realizar o auto-monitoramento contínuo, identificar gaps existentes e aperfeiçoar as práticas adotadas que podem ser, assim, reconstituídas ou reorganizadas. O presente estudo, tomando como objeto de investigação empírica o processo interno de seleção de pessoas de uma empresa, analisou o quanto o conhecimento produzido pelos atores, uma vez ignorados diante da ênfase dada aos sistemas técnicos especialistas, fechados à participação pela ausência deliberada de espaços dialógicos, pode levar a perdas de referenciais e sentido, levando a uma situação denominada neste estudo como labirinto organizacional. O estudo conclui que um processo interno de seleção de pessoas vai além da escolha do candidato mais habilitado para exercer uma determinada função, pois é capaz de revelar também a forma de ser da própria organização, seu auto-retrato, na visão dos diversos atores envolvidos no processo. O quadro teórico elaborado com os conceitos de Giddens foi aplicado, neste estudo, às experiências elaboradas pelos atores quando questionados. A pesquisa demonstrou a condição e o potencial dos atores de transformarem a estrutura existente, como um Teseu contemporâneo que entra no labirinto com um projeto, agente ativo no uso reflexivo da razão como fio lógico para si que move os seus passos dentro da organização. Trata-se da experiência oposta à figura do Minotauro, submetido de forma passiva aos limites impostos pela estrutura. Ligar essas experiências é um exercício de construção que remonta ao hipertexto, como contra-labirinto, que conecta experiências e oferece um sentido para o agir organizacional. O resultado da investigação sobre a visão dos candidatos e psicólogos selecionadores mostrou que criação e análise das práticas, exploração e leitura das experiências vividas, potencializa a reflexividade institucional como condição para modernização das organizações ao fortalecer o papel dos atores como agentes ativos |