Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Boto, Carlota Josefina Malta Cardozo dos Reis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-20032012-103942/
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Resumo: |
Tendo por objetivo o estudo da escola portuguesa no período compreendido entre 1820 e 1910, procuramos a identificação de aspectos concernentes à interface entre as práticas escolares e o debate social sobre as mesmas. Por essa trilha metodológica, propusemo-nos a historiar o cotidiano, pressupondo nele uma história dos atores que vivem a escola; que agenciam o dia-a-dia escolar. Além disso, tínhamos a intenção de entrelaçar esse ensaio da escola que passou com as representações postas no imaginário pedagógico da sociedade portuguesa na referida época. Por ser assim, pretendíamos verificar a intersecção entre os modos como a sociedade percebia o fenômeno da instrução e os procedimentos realmente adotados para o ensino, com a finalidade de reconstruir pela escrita alguns aspectos que pontuaram o universo simbólico acerca da educação em Portugal de um século atrás. A escola primária era, em Portugal do século XIX (1820-1910), um ritual entre gerações. À infância, era suposto o reconhecimento escolar da tradição do povo e do passado do país. À infância seria também entregue o futuro. Cabia, portanto, à escola a projeção desse futuro, a exemplo do passado. Compreender a sociedade portuguesa do período exigiria então o reconhecimento desse intervalo entre passado e futuro; essa mudança de temporalidade representada pelos anos de escola. A escola era uma forma, um modelo de criação e de irradiação de valores; valores que, muitas vezes reproduzindo, no mínimo, ela ajudou a criar. A escola primária era também a instituição que a comunidade reclamava para se fortalecer. A escola era o lugar de produção do cenário coletivo para a generalização do código da escrita. A escola era enfim o ambiente que paradoxalmente se opunha e complementava a ação familiar. O presente trabalho procurou então rastrear os sinais do discurso sobre a escola: quem era enfim essa escola que a modernidade criou, e no que supostamente ela se deveria tornar? Nesse diálogo entre o domínio da realidade do ensino e as prescrições - legais, intelectuais, institucionais, literárias - sobre o ideal educativo almejado, procurou-se interpretar a variação das fontes, estabelecendo sentidos, conexões, inferências, regularidades; enfim, compondo um relato. Na longa duração de quase um século, procurou-se perceber as rupturas e permanências de uma atmosfera escolar, cujos alicerces talvez tenham algo a dizer à nossa contemporaneidade pedagógica. |