Combinações de atividades produtivas agrícolas e alocação de recursos sob condição de risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Laurenti, Antonio Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20240301-152042/
Resumo: O objetivo central desta dissertação foi analisar a seleção de explorações agrícolas e alocação de recursos de produção levando em consideração os riscos associados aos preços e produtividades físicas relativas, para 60 estabelecimentos rurais situados em 5 municípios da Microrregião Serra de Jaboticabal, Estado de São Paulo. Os objetivos específicos foram determinar as combinações ótimas de explorações agrícolas e verificar através de simulação os efeitos na composição dos planos ótimos, de uma redução no risco devido à mudança de preço de um dado produto (milho) muito cultivado na região. As entrevistas junto aos agricultores foram realizadas em três épocas distintas do ciclo produtivo (plantio, tratos culturais e colheita) relativo ao ano agrícola 1978/79. Para atendimento dos objetivos propostos, utilizou-se o modelo de risco (MOTAD) desenvolvido por HAZELL (1971). O modelo consiste na geração da fronteira eficiente através da programação linear paramétrica, tendo como parâmetros relevantes a margem bruta total esperada (E) e o desvio absoluto médio (A) das margens brutas totais, relativos às atividades produtivas. Frente as variabilidades das margens brutas das alternativas produtivas encontradas na amostra, juntamente com as necessidades e disponibilidades de recursos consideradas, os planos ótimos gerados pelos modelos de programação, diferiram daqueles planos realmente efetivados pelos agricultores no ano agrícola 1978/79. A discrepância existente, não pode ser atribuída totalmente a um comportamento ineficiente por parte dos agricultores da amostra. Isto é possível porque o modelo analítico empregado, pode não estar espelhando as reais condições de decisão dos produtores considerados. No entanto, a alta frequência de cultivo de algodão nos planos efetivamente realizados, constitui-se num indicio de ineficiência quanto a seleção de atividades produtivas, uma vez que esta alternativa comparativamente às demais caracterizou-se como inviável para compor planos eficientes de produção. Com relação à redução do risco de preço, via aumento simulado do preço mínimo, pode-se argumentar que este procedimento pode promover benefícios diferenciados quanto ao tamanho da propriedade, segundo as características de risco e retorno esperado do produto específico relativamente mais favorecido. A implementação de um preço mínimo relativamente mais favorável a um produto, implica em realocação de recursos em prol do produto beneficiado bem como numa maior oferta, devido à redução do risco e consequente aumento do valor do retorno esperado desse produto.