Psicologia e unidades básicas de saúde: contextualização das práticas na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Daneluci, Rebeca de Cassia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-29042011-155332/
Resumo: O conceito de saúde sofre alterações à medida que ocorrem mudanças na condição socioeconômica e política de cada época. Assim, podemos dizer que o Sistema Único de Saúde (SUS) representa um novo modo de se conceber a saúde e a atuação dos profissionais da saúde nas últimas duas décadas. No entanto, se neste novo modelo e período o psicólogo teve sua participação particularmente aumentada, o mesmo não se pode dizer da produção científica da psicologia no que tange à Atenção Básica (AB). Assim, em nossa pesquisa objetivamos conhecer como os psicólogos inseridos em Unidades Básicas de Saúde (UBS), de uma cidade da região metropolitana de São Paulo veem o trabalho que realizam, ou seja, como é a prática dos psicólogos de acordo com seus próprios relatos, e discutir qual sentido do trabalho do psicólogo pode ser depreendido destes relatos. Para isso, optamos pelo método qualitativo, realizando três entrevistas semiestruturadas, e as analisando de acordo com Bleger (1982,1984) e outras produções relativas à atuação do psicólogo na Saúde Pública. Os dados foram então divididos em três núcleos estruturadores: a) prática no SUS, b) relação com a população, c) o psicólogo da saúde. Sendo que tais núcleos contêm categorias gerais e específicas. Os resultados mostraram: a) que permanece presente a discussão referente ao procedimento do psicólogo frente ao atendimento na Unidade Básica; b) a identidade específica do psicólogo enquanto profissional da Saúde Mental, distinguindo esta da Saúde em geral, c) o distanciamento entre a teoria e a prática, e por fim d) a presença de condutas normativas próximas à medicalização da vida. Não foi possível no entanto realizar uma generalização das três entrevistas, visto que as entrevistadas apresentaram divergências nas descrições das atividades desenvolvidas, assim como nas posturas e nos referenciais adotados