Resposta proliferativa e inflamatória em diferentes modelos de lesão e regeneração de glândula lacrimal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sant'Ana, Ariane Mirela Saranzo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-27052019-141211/
Resumo: Este estudo avaliou as respostas da glândula lacrimal (GL) a cinco tipos de lesão tecidual, a extensão das lesões/inflamação na GL, superfície ocular e gânglio trigêmeo (GT), e a expressão de potenciais moduladores de proliferação celular na GL. A GL direita de ratos Wistar machos com oito semanas de idade foi submetida aos seguintes tipos de lesão: G1) ablação total da GL, G2) denervação, G3) ablação parcial de uma GL, G4) ablação parcial e transplante consanguíneo de uma GL, G5) desafio inflamatório pela injeção caudal de homogeneizado homólogo de GL e glândula salivar (n=7-10/grupo). As respostas foram comparadas ao grupo controle. Após 1 e 2 meses, os animais foram avaliados através da lâmpada de fenda e teste do fenol vermelho. A sensibilidade da córnea foi avaliada pela frequência do toque pata-olho em três minutos, após estímulo com uma gota de Capsaicina a 10?M. Foi avaliada a histologia da GL. A expressão de citocinas inflamatórias (IL-1?, IL-6, MMP-9, TNF-?) na GL, córnea e GT e de mediadores de proliferação (BMP-7, FGF- 10, SMAD-1, RUNX-1 e RUNX-3) na GL foi avaliada por PCR em tempo real. Houve aumento da sensibilidade da córnea e aparecimento de neovascularização somente no G1, no 2o mês (p=0,0438 e 0,0025, respectivamente). Não houve diferença na produção lacrimal ou na histologia da GL. Na córnea, houve aumento na expressão do RNAm de IL-1? de G1 e G2 (p=0,0310 e 0,0177, respectivamente), de IL-6 e MMP-9 no G2 (p=0,0214 e 0,0210, respectivamente), e de TNF-? no G4 e G5 no 2o mês (p=0,0257 e 0,0028, respectivamente). No GT do G4 e G5, houve aumento do RNAm de IL-1? (p=0,0255 e 0,0296, respectivamente). Na GL, em G2 houve aumento de RNAm de MMP-9 nos 1° e 2° meses (p=0,0047 e 0,0087, respectivamente), no G3 houve aumento de IL-6 e de TNF-? (p=0,0379 e 0,0205, respectivamente), em G4 e G5 houve aumento de RNAm de MMP-9 após 2 meses (p=0,0061 e 0,0061, respectivamente). Na GL, Houve aumento na expressão do RNAm de RUNX-3 no G2 (p=0,0012); no G3 houve aumento de FGF-10, RUNX-1 e 3 e de SMAD-1 (p= 0,0012; 0,0003; 0,0003, respectivamente) e diminuição para omesmo grupo e marcadores incluindo BMP-7 (p=0,0003; 0,0002; 0,0009; 0,002; 0,0098, respectivamente); no G4 de RUNX-1 aos 2 meses (p=0,0138) e RUNX-3 (p=0,0118); no G5, observou-se houve aumento da expressão do RNAm de RUNX-3 ao final de 2 meses (p=0,0149). Em nenhum dos modelos observou-se alteração da secreção lacrimal ou presença de ceratite. A ablação total induziu significativa alteração na córnea. Os mediadores inflamatórios e de proliferação indicam alterações similares nos grupos onde houve ablação parcial ou tentativa de transplante entre consanguíneos tecidual, com alterações não limitadas à GL manipulada, mas também na córnea e no GT, reforçando a relevância da unidade funcional lacrimal. Os mediadores inflamatórios mais presentes foram o MMP-9 e IL- 1? e de proliferação celular foram RUNX-1 e RUNX-3. Esse estudo abre caminho para compreender mecanismos e mediadores da regeneração celular da GL frente ao trauma e inflamação e das limitações do uso desses modelos em estudos de tratamento.