Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Juliane Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-06122022-160801/
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Resumo: |
Novas soluções a base de compostos naturais podem ser utilizadas no substrato dental antes do procedimento restaurador a fim de inibir a atividade das metaloproteinases (MMPs) e melhorar da estabilidade da interface adesiva, especialmente em dentes submetidos à biocorrosão endógena ou exógena. Este estudo avaliou o efeito do pré-tratamento com a solução experimental de chá verde encapsulada com nanoquitosana (NanoQ) na resistência adesiva da interface e na inibição de metaloproteinases (MMPs) em dentina submetida à biocorrosão in vitro. Setenta e oito molares humanos hígidos foram seccionados e divididos aleatoriamente de acordo com o substrato: hígido (controle) e biocorroído (ácido cítrico 0,3% por 2h). Os espécimes foram subdivididos de acordo com o pré-tratamento da dentina: água destilada (controle), CHX (digluconato de clorexidina) a 2%, e solução de chá verde + NanoQ. As soluções foram aplicadas de modo ativo (10 mL, 1 min) e secas com papel absorvente. Em seguida, aplicou-se o adesivo Single Bond Universal (3M), os espécimes foram restaurados (FilTek Z350, 3M) e termociclados (2000 ciclos). Sessenta molares (10 dentes por grupo) foram seccionados em palitos (0,8 ± 0,2 mm²), obtendo-se no mínimo 6 palitos por dente. Realizou-se o teste de resistência à microtração (µTBS) em Máquina Universal de Ensaios (0,5 mm/min, 50 kgf), e as falhas foram análisadas em microscopia confocal a laser (n=10 dentes, 4 palitos por dente). O ensaio de zimografia foi realizado (n=10 dentes, 1 palito por dente) para avaliar a atividade das MMPs por microscopia de fluorescência (Leica DMI 6000). Para a quantificação das MMPs, determinou-se a área de fluorescência da interface (software Image J). A expressão da MMP-20 e MMP-9 foram avaliadas por imunofluorescência (n=10 dentes, 1 palito por dente). Os 18 dentes restantes restaurados foram seccionados ao meio, polidos e a interface foi analisada em microscopia confocal a laser (n=3 dentes). Os dados de µTBS (MPa) foram analisados por ANOVA a dois critérios e teste de Tukey HSD. As áreas aferidas (µm2) em zimografia foram analisadas por ANOVA e Holm-Sidak (α = 0,05). As imagens de imunofluorescência e microscopia confocal foram analisadas qualitativamente. A dentina hígida (24,26 ± 9,96) apresentou maior resistência adesiva que biocorroída (13,62 ± 7,56). O tratamento da dentina promoveu diferença significante entre os grupos (p = 0,011). Os maiores valores foram encontrados na dentina tratada com chá verde + NanoQ e os menores, na tratada apenas com água. O pré-tratamento da superfície antes da aplicação do adesivo com CHX 2% ou chá verde + NanoQ inibiu a atividade enzimática da MMPs (p < 0,0001) em dentina biocorroída. A imunofluorescência revelou a expressão de MMP-20 em maior intensidade que a MMP-9, independentemente do substrato ou tratamento. Conclui-se que a aplicação da solução de chá verde + NanoQ previamente ao adesivo aumentou a resistência de união da resina nas dentinas hígida e biocorroída, e que essa solução experimental reduziu a atividade das MMPs em dentina biocorroída de modo semelhante à clorexidina. |