USP bandeirante e UNAM mestizófila: a luta pelo acesso e permanência de estudantes negres e indígenas em universidades latino-americanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gualito, Vic Nehnencayolotzin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-13092024-173151/
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo geral fazer o levantamento de dados de acesso e permanência de estudantes indígenas e afrodescendentes na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM, México) e na Universidade de São Paulo (USP, Brasil), durante as últimas duas décadas (após a conferência de Durban até os dias de hoje, 2001-2023), por meio de uma análise comparativa para, assim, entender o quanto mudou a situação da participação de pessoas racializadas, especificamente as autodeclaradas negras e indígenas, nestes espaços universitários assimétricos. Os objetivos específicos, por sua vez, são: a) compreender as particularidades da composição étnico-racial no México e no Brasil, assim como os efeitos na estruturação dos seus sistemas educativos; b) traçar as linhas históricas da UNAM e da USP desde uma perspectiva étnico-racial; c) sistematizar os dados disponíveis de acesso e permanência obtidos dos organismos responsáveis dentro de cada instituição (FUVEST/USP, CGPL/UNAM); d) procurar quais são as políticas afirmativas direcionadas especificamente a estudantes negres e indígenas dentro de cada instituição, assim como dos seus espaços de resistência. A metodologia utilizada requereu pesquisa documental e método de análise comparativa por meio de contraste de contextos. Nas (in)conclusões finais, considero que a UNAM deveria aprender com a instauração das políticas afirmativas, especificamente direcionadas a estudantes racializades, da USP, pois, durante as últimas duas décadas, a composição étnico-racial da matrícula uspiana mudou consideravelmente de maneira positiva, isto é, está mais próximo da igualdade de participação. No entanto, a situação dos estudantes indígenas em ambas as universidades resulta extremamente preocupante