Comparação entre moradores com e sem telefone fixo no domicílio, entrevistados em inquérito domiciliar de saúde. São Paulo - 2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Segri, Neuber José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-25112008-092421/
Resumo: Introdução. Inquéritos domiciliares têm sido utilizados em estudos epidemiológicos desde o início do século passado. Com o passar do tempo, os métodos de realização de entrevistas foram se aperfeiçoando, possibilitando maior rapidez e exatidão nas informações obtidas. As entrevistas realizadas via telefone tornam o processo mais fácil, ágil e de menor custo. Objetivo. Comparar os moradores do município de São Paulo que possuíam telefone fixo em sua residência, com os que disseram não possuir o referido aparelho, quanto a variáveis demográficas, de condições de vida, estilo de vida, estado de saúde e também quanto ao uso e acesso aos serviços de saúde. Metodologia. Utilizando o módulo survey do pacote estatístico Stata em sua versão 9.2, foi feita uma caracterização do perfil desses dois grupos de entrevistados (com e sem telefone fixo). Foram calculados também, os vícios que a não cobertura por parte da população sem telefone ocasiona às estimativas e foi verificado como um ajuste de pós-estratificação diminui este vicio. Resultados. Dos 3333 entrevistados na cidade de São Paulo, 77,7% possuíam telefone fixo residencial; foi detectada associação estatisticamente significante entre a presença de telefone fixo e as variáveis: naturalidade, raça/cor, religião, situação conjugal, escolaridade do chefe de família, renda, tabagismo, alcoolismo, presença de morbidade referida, hipertensão, auto-avaliação em saúde, realização de mamografia, exame de próstata, consultas odontológicas, consumo de medicamentos e utilização do SUS para a realização dos exames de saúde. Ao se retirar da análise, a população sem telefone fixo, as estimativas de exame de pré-natal e próstata, tabagismo, alcoolismo, auto-avaliação de saúde, consultas odontológicas e a utilização do SUS para os exames de pré-natal e Papanicolaou foram as que tiveram maior vício. Após o ajuste de pósestratificação, houve uma melhora em todas as estimativas que estavam associadas à posse do telefone fixo, porém o vício não foi reduzido por completo. Conclusão. A exclusão dos moradores sem aparelho telefônico é uma das principais limitações e fonte de vício em pesquisas via telefone, mesmo em lugares onde a cobertura seja considerada razoável. Este obstáculo não deve ser considerado um impedimento, no entanto, algumas precauções e ajustes terão que ser utilizados para se reduzir os vícios, contribuindo para a estimação e interpretação correta dos resultados, já que estes levantamentos via telefone servem não apenas para se conhecer o estado de saúde da população, mas também contribuem para a orientação no planejamento de ações e novas políticas de saúde pública.