Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Jorge, Mônica Inêz Elias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-28042021-131927/
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Resumo: |
OBJETIVO. Entre os fatores de risco cardiovascular ainda não devidamente estudados em nosso meio, tem-se, por exemplo, o estresse, que poderia atuar como modificador de efeito da relação dieta e morbidades. Nesse sentido, realizou-se estudo com o objetivo de investigar as relações entre padrões de dieta, estresse psicossocial, pressão arterial e os indicadores do estado nutricional. METODOLOGIA. Estudo transversal, em amostra aleatória, de 311 mulheres acima de 20 de idade, de cinco bairros do município de Cotia/SP. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um questionário de freqüência alimentar, validado concomitantemente à pesquisa. A presença de estresse foi verificada por meio da aplicação de um teste elaborado e validado para a população brasileira (\"Inventário de Sintomas de Stress para adultos). Em uma única ocasião, foram realizadas medidas de pressão arterial e coletados dados de peso, estatura, cintura, quadril, para o cálculo do índice de massa corporal (IMC) e razão cintura quadril (RCQ), indicadores da obesidade periférica e centralizada, respectivamente. A atividade física foi avaliada por meio do \"Questionário Internacional de Atividade Física\". Foi realizada uma análise descritiva das variáveis demográficas e socioeconômicas. O consumo alimentar foi analisado por meio da análise fatorial por componentes principais. As variáveis independentes (padrões alimentares) foram testadas com as variáveis dependentes (estresse, pressão arterial, IMC e RCQ) por meio de análise multivariada, no modelo linear generalizado. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FSP/USP. RESULTADOS. A análise fatorial por componentes principais identificou três padrões de consumo alimentar: padrão \"fast-food\", incluindo salgadinhos, pizza, refrigerantes, massas, doces, bebida alcoólica; padrão \"monótono\", incluindo arroz, feijão, carne bovina e café; padrão \"saudável\" com peixes, leite e derivados, frutas e hortaliças. O padrão de consumo \"saudável\" mostrou-se inversamente relacionado com os níveis de estresse e não se mostrou relacionado com os níveis de pressão arterial e obesidade. Por outro lado, o padrão \"monótono\" mostrou-se positivamente relacionado aos níveis de estresse. Ambos os padrões, \"monótono\" e \"fast food\" apresentaram relação positiva com os níveis de pressão arterial. A dieta \"monótona\" apresentou-se positivamente relacionada à obesidade periférica, enquanto que o padrão \"fast food\", mostrou-se positivamente relacionado à obesidade centralizada. Dentre os hábitos comportamentais analisados, as não fumantes apresentaram maiores valores de IMC e menores níveis de estresse. A ocupação mostrou-se fortemente relacionada a pressão arterial, sendo que as trabalhadoras ativas e as donas de casa apresentaram os valores mais elevados. CONCLUSÕES. Foi encontrada relação estatisticamente significativa e inversa entre padrão de consumo \"saudável\" e o estresse e uma relação direta entre padrão monótono e o estresse. Os padrões \"monótono\" e \"fast-food\" mostraram-se diretamente relacionados ao IMC e RCQ, respectivamente e aos níveis de pressão arterial. Os padrões de dieta, nesse estudo, e outros componentes do estilo de vida (tabagismo e ocupação), exerceram efeito no estresse, pressão arterial e indicadores de estado nutricional. |