Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Yano, Ana Martha Tie |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-16072015-122344/
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Resumo: |
Cinegéticos por excelência, afirmam os caxinauá, povos falantes de uma língua pano, que a carne de caça (yuinaka) misturada a vegetais como milho (xeki), macaxeira (atsa) e banana (mani) é o que há de mais gostoso e saboroso (nuepeki) em sua sofisticada culinária. Para eles, comer bem constitui uma arte: reúne as pessoas, fortalece o pensamento (xinan), traz alegria (benima). No curso de minha estadia em San Martín, no Alto Purus, os mais velhos não hesitavam em ressaltar a beleza (duapa) de uma pessoa reconhecida por sua generosidade e hospitalidade assim se referiam àquelas consideradas sábias, xinanya, dotadas de um bom pensamento (xinan pepa). O presente trabalho intenta refletir sobre alguns aspectos das relações articuladas em torno do ato de preparar a comida e ofertá-la a alguém, tomando a culinária caxinauá e seus modos à mesa como uma via privilegiada para expressar conhecimentos e colocá-los em circulação. |