Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Laurentiis, Laura Barzaghi de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-16072010-133422/
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Resumo: |
A dissertação versa sobre as tentativas de formação da paisagem em assentamentos habitacionais periféricos em áreas ambientalmente sensíveis, com base nas ações paisagísticas de alguns moradores, os moradores-em-ação. Partindo do entendimento de que as ações normativas e técnicas são necessárias mas não suficientes quando as questões referentes à conservação de recursos naturais e à preservação de áreas protegidas envolvem pessoas, e, consequentemente, as subjetividades, o estudo procurou desvelar o processo de formação de valores em relação à paisagem mediante diferentes formas de apropriação do espaço. O objeto empírico é o bairro Ribeirão Verde, localizado na periferia da cidade de Ribeirão Preto, resultado de um empreendimento da iniciativa privada em parceria com a Cohab-RP, na forma de lotes urbanizados, numa área de fragilidade ambiental, por ser zona de recarga do aquífero Guarani. O objeto mais amplo é constituído pelas questões ambientais e paisagísticas envolvidas em um assentamento habitacional em área periférica e ambientalmente sensível, produzido no processo de urbanização intensa e problemática da cidade de Ribeirão Preto, e sua ocupação por uma população desenraizada que, mediante ações paisagísticas no espaço livre, constrói laços afetivos, um sentido de identidade e a própria paisagem do lugar. Buscou-se verificar as formas de apropriação de um espaço sem histórico para seus moradores, e como se dá, em tais condições, a constituição de uma paisagem. Para tanto, no quadro teórico-conceitual dos estudos de Percepção Ambiental e numa abordagem qualitativa, colheram-se e analisaram-se depoimentos de moradores do bairro. A partir desse material concluiu-se que as ações que propõem a separação entre natureza e cidade não correspondem à realidade da complexa interdependência entre os elementos que compõem o ambiente, encontrando-se alternativas na construção de substratos paisagísticos plásticos, receptivos, que possam acolher a heterogeneidade dos moradores, seus aportes e diferentes usos e apropriações materiais, afetivos, simbólicos. |