Endocarpos de babaçu (Orbignya spp. Mart.) e de macaúba (Acrocomia sclerocarpa Mart.) comparados à madeira de Eucalyptus grandis W. Hill. Ex. Maiden para a produção de carvão vegetal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Silva, José de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220207-221517/
Resumo: Objetivou-se, com este trabalho, o estudo do comportamento do endocarpo de duas palmáceas (babaçu e macaúba) em comparação com a madeira de eucalipto, na produção de carvão vegetal, em escala de laboratório. Procurou-se analisar a influência da temperatura e das espécies no processo de carbonização e caracterizar o carvão vegetal no que se refere aos rendimentos gravimétricos (carvão, líquido condensado e gás não-condensável), análise química imediata (teores de carbono fixo, voláteis e cinzas), rendimentos em carbono fixo, densidade relativa (aparente e verdadeira) e porosidade. As espécies foram caracterizadas através da determinação da densidade básica e da composição química. Procedeu-se às carbonizações com temperaturas finais de 300, 500 e 700ºC e utilizaram-se 500 g de amostras de material absolutamente seco para cada ensaio. Efetuaram-se quatro repetições por ensaio, carbonizando-se as amostras do material em forno de laboratório. Com base nos resultados, pode-se concluir que: a. os endocarpos de palmáceas apresentaram maiores rendimentos em carvão e menores rendimentos em gás não-condensável, quando comparados com a madeira de eucalipto. O rendimento em líquido condensado, por sua vez, apresentou os maiores valores para o endocarpo de babaçu, seguindo-se a madeira de eucalipto e, finalmente, o endocarpo de macaúba. b. a madeira de eucalipto produziu carvões com valores superiores para a densidade verdadeira, porosidade e teores de carbono fixo. Por outro lado, apresentou carvão com valores inferiores para a densidade aparente, rendimento em carbono fixo e teores de cinzas. Quanto ao teor de voláteis nos carvões, os resultados se mostraram decrescentes na ordem: endocarpo de macaúba, madeira de eucalipto e endocarpo de babaçu. c. a densidade aparente, teor de voláteis e rendimento gravimétrico de carvão das três espécies se mostraram inversamente correlacionados com a temperatura e, os demais parâmetros, diretamente correlacionados com a mesma. d. a temperatura que possibilitou a obtenção de carvão com melhores rendimentos e padrões de qual idade foi a de 500ºC para todas as espécies ensaiadas. e. o carvão de endocarpo das palmáceas necessitou de temperaturas mais elevadas para atingir os padrões de qualidade semelhantes aos obtidos para o carvão de madeira de eucalipto, em razão das diferenças das composições químicas. f. o carvão de endocarpo das palmáceas pode ser considerado superior ao carvão de madeira de eucalipto para usos, tais como: gasogênios, operações metalúrgicas e siderúrgicas e uso doméstico.