Fatores preditores da tensão de contração para interfaces de restaurações adesivas em cavidade de classe I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Flávia Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23140/tde-09042009-113338/
Resumo: OBJETIVO: o Fator-C é normalmente usado para predizer a tensão de contração em interfaces compósito-dente. Foi delineado um estudo para contribuir a esclarecer os elementos que permitem prever a tensão em interfaces de restaurações adesivas. Teoricamente, a tensão varia em função da oposição à contração (rigidez do substrato), da complacência e das dimensões e propriedades mecânicas do compósito. MÉTODOS: foram obtidos pelo Método de Elementos Finitos (MEF) 8 modelos estilizados 3D não-lineares de cavidades Classe I mantendo constantes o volume (20 mm3) e a espessura das paredes (20 mm) e com variação do Fator-C (1,9 a 13,5). Foi simulado contato tipo glue entre compósito e dente. A contração de polimerização, por analogia térmica do compósito, foi 1%. Foram analisadas as tensões e deformações principais. Foi também idealizado um método para calcular por MEF a complacência regionalizada e foi avaliada sua validade pela comparação do resultado obtido por este método com o valor de complacência calculada analiticamente para um cubo de dentina de 1 mm de lado fixado numa de suas faces. Foi ainda idealizado um método para calcular, para cada formato de cavidade, o volume útil de compósito capaz de influir para aumentar o pico de tensão na interface. Por fim, com os elementos anteriores, foi calculado para cada cavidade um valor de Fator-CA, dependente da complacência na região de pico e do volume útil de compósito. Foi avaliada a capacidade de predizer o pico de tensão mediante o teste de correlação (Pearson) entre o pico de tensão e o Fator-CA, bem como entre o pico de tensão e o Fator-C. RESULTADOS: os picos de tensões provocadas pela contração em cavidades de classe I tendem a diminuir em função do aumento do Fator-C, embora o teste de Pearson evidenciou significância apenas para a tensão Máxima Principal na parede XZ e no eixo Z. O cálculo da complacência regional obtido por MEF foi de 0,0652 m/N, bem próximo ao valor analítico (0,0666 m/N). O Fator-CA correlacionou significantemente e positivamente com as três tensões obtidas na quina (Von Mises, Máxima Principal e Máxima Cisalhante). CONCLUSÕES: o aumento do Fator-C não conduz ao aumento dos picos de tensão em cavidades de classe I. O método de cálculo de complacência é válido para estruturas complexas. O Fator-CA permite predizer os picos de tensão em compósitos aderidos em cavidades de classe I.