Avaliação da força de preensão digital em trabalhadores de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lelis, Cheila Maíra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-03022015-104512/
Resumo: Objetivo: O presente estudo pretendeu avaliar a força de preensão digital em trabalhadores de enfermagem a fim de determinar as médias desta força e correlacionar com os fatores pessoais e ocupacionais Métodos: Estudo descritivo, correlacional, quantitativo, realizado em um hospital de ensino de Ribeirão Preto. Os sujeitos foram categorizados por meio de um questionário que abordou características pessoais e profissionais; para a mensuração da força de preensão digital foi utilizado um dinamômetro hidráulico Preston Pinch Gauge® (North Coast Medical - Estados Unidos), por meio deste foram realizadas três mensurações consecutivas para cada medida de força e utilizou-se a média destas pinças para as análises. As coletas de dados foram realizadas em 2013, este estudo recebeu a aprovação de Comitê de Ética e Pesquisa. Compuseram a amostra 41 profissionais de enfermagem do sexo feminino, que trabalhavam no período matutino. Foram realizados testes estatísticos e o nível de significância considerado foi ? = 0, 05; o programa utilizado nas análises foi a IBM SPSS (Statistical Package for Social Science) versão 22.0. Resultados: As trabalhadoras encontravam-se na faixa etária entre 21 e 60 anos; 56,1% eram casadas e 58,5% possuíam filhos; com relação ao nível de escolaridade 43,9% tinham ensino médio completo.No que diz respeito ao vínculo empregatício atual na enfermagem, 56,1% faziam seis horas semanais e 68,3% horas extras neste vinculo; 7,3% possuíam outro vínculo na área da enfermagem, porém sem realizar horas extras. Já se afastaram do trabalho por motivo de doença 63,4%; referiram sentir dor no dedo da mão 26,8%; 95,1% das trabalhadoras realizavam atividades domésticas em sua própria casa; 70,7% não praticavam atividade física; 58,5% possuíam algum tipo de atividade de lazer, foram observadas ainda doenças osteomusculares (27,3%). Os valores da médias gerais da pinças foram: 3,64 (kgf) polpa-a-polpa,3,85 (kgf), trípode; 6,08(kgf) lateral.Conclusão: Mesmo que não se tenha identificado uma porcentagem alta em relação a carga horária de trabalho associada as horas extras e o duplo vínculo, as variáveis independentes identificadas, influenciaram o desempenho dos testes de preensão de pinça, consequentemente, na diminuição bilateral das forças de preensão das pinças digitais estudadas. Entre as categorias profissionais e as médias de pinça houve correlação positiva e significativa, destacando pinças polpa-a-polpa (mão dominante). A força de preensão digital pode ser um indicador para determinar a função da mão e poder ser usada para indicar o grau de disfunção da extremidade superior acometida, não se pode afirmar que existam alterações relacionadas aos membros superiores das trabalhadoras de enfermagem, mesmo tendo em vista que a literatura infere que muitas das patologias associadas ao membro superior têm como alguns de seus sintomas iniciais a diminuição da força de pinças, fraqueza e dor nos dedos. Seria necessário agregar aos dados avaliados de preensão de digitais mais avaliações, como as clinicas, motoras e sensitivas. Diante do incipiente número de investigações relacionadas à força de preensão digital entre estas trabalhadoras, este estudo pretendeu contribuir na prevenção do desenvolvimento de disfunções ocupacionais, com a sugestão de inserção desta avaliação nos exames médicos admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho e demissionais