Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Juliana de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-22022013-104907/
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Resumo: |
O estudo da geodiversidade vem sendo desenvolvido desde a década de 1990 e visa o conhecimento, descrição e conservação do patrimônio natural, através da avaliação de aspectos geológicos (minerais, rochas e fósseis), geomorfológicos (formas de relevo, processos) e pedológicos. A presente pesquisa buscou demonstrar e avaliar o potencial de utilização de variáveis da geomorfologia fluvial como indicadores de geodiversidade, considerando a subtilização deste tipo de indicador em estudos ambientais no Brasil. Essa subtilização coloca-se especialmente para a região amazônica, onde o ambiente fluvial tem grande relevância, seja nos aspectos ambientais, culturais estéticos ou científicos. O objetivo central da tese é a caracterização morfológica e análise, por amostragem, de padrões de canais fluviais e de outros parâmetros da morfologia fluvial na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, a fim de demonstrar a relevância desta variável para a avaliação da geodiversidade na Amazônia. Apesar de ainda ser, em grande parte, protegida por Unidades de Conservação e por Terras Indígenas, a Bacia Hidrográfica do Xingu sofre graves pressões antrópicas, ocasionadas principalmente pela monocultura de soja, nas áreas de cabeceiras, e pela construção da Usina Belo Monte na chamada Volta Grande do Xingu, próxima à sede do município de Altamira- PA. A pesquisa foi desenvolvida em duas escalas. Na de maior detalhe (1:150.000), foram realizados mapeamentos da morfologia fluvial para 23 áreas selecionadas como representativas da diversidade de padrões de canais fluviais na bacia hidrográfica considerada. Essa caracterização comprovou a grande diversidade de padrões de canais fluviais na área de estudo, demonstrando a pertinência desse parâmetro como indicativo de geodiversidade, e servindo também como base para a inserção da variável mudanças de padrão de canais fluviais na metodologia de mapeamento dos índices de geodiversidade da Bacia Hidrográfica do Xingu. Na escala de menor detalhe, foi aplicado um método de quantificação da geodiversidade, em toda a Bacia Hidrográfica, baseado na mensuração e integração dos elementos abióticos espacializados em mapas temáticos em escalas que variam de 1:250.000 a 1:1.000.000, com auxílio de um grid da articulação sistemática 1:25.000. Nesta escala foi realizada, também, uma correlação entre os índices de geodiversidade e os índices de biodiversidade, inferidos pelo XI mapeamento da vegetação em escala 1:250.000 (IBGE, 2000c). As principais contribuições da pesquisa foram o enriquecimento de bases para o estudo de grandes rios amazônicos e a aplicação de um método de mapeamento dos índices de geodiversidade, que poderá servir como instrumento para o planejamento ambiental, especialmente na definição de áreas prioritárias para conservação na região amazônica. |