Prevalência do uso de drogas ilícitas e medicamentos por motoristas de caminhão que trafegam em rodovias do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Panizza, Helena do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-15032021-223034/
Resumo: Os acidentes de trânsito constituem uma das principais causas de morte e morbidade na população mundial. Dentre as atitudes de risco assumidas pelo motorista, destaca-se o uso de drogas ilícitas e medicamentos psicoativos. Estudos anteriores realizados em motoristas de caminhão apontam que uma parcela considerável da população entrevistada fazia uso de drogas ilícitas. É sabido que indivíduos engajados nesta profissão apresentam alto risco de desenvolvimento de estresse ocupacional e transtornos psiquiátricos, o que pode estar correlacionado com o uso de drogas ilícitas e medicamentos psicoativos. Em vista disso, o presente trabalho visou estimar a prevalência de anfetamina, cocaína e maconha, bem como dos medicamentos benzodiazepínicos e antidepressivos tricíclicos em população de caminhoneiros que trafegavam por rodovias federais paulistas no ano de 2016. Foram realizadas abordagens durante os eventos denominados Comando de Saúde nas Rodovias, promovidos pela Polícia Rodoviária Federal, onde os motoristas foram submetidos a entrevistas focadas na obtenção de informações sócio econômicas e ocupacionais, consumo de drogas e medicamentos, além da coleta de urina. A triagem das amostras foi feita por imunoensaio e a confirmação realizada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas para as drogas ilícitas, bem como cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas em tandem para os medicamentos. Dentre as 866 amostras coletadas no ano de 2016, nenhuma foi considerada positiva para a presença de medicamentos, enquanto 58 mostraram-se positivas para uma ou mais drogas ilícitas, resultando na prevalência de 6,7% para essas últimas na amostra estudada. As drogas de caráter estimulante foram as mais prevalentes, visto terem sido confirmadas em 51 amostras (5,9% da população participante). Para essas últimas, foi possível evidenciar maior susceptibilidade ao uso em indivíduos mais jovens, que alegam exercer a profissão a menos tempo, solteiros, que estavam percorrendo longas distâncias na atual viagem, que se consideravam caminhoneiros de longa distâncias e que vinham transportando produtos de caráter perecível. Já para a maconha, foi verificado que os motoristas mais susceptíveis eram aqueles que se declararam solteiros, e a menos tempo exercendo a profissão.