Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Perez, Rodrigo Oliva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-19032007-130511/
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Resumo: |
Introdução: A identificação de mecanismos genéticos envolvidos no processo de carcinogênese do câncer colorretal levou ao surgimento de novas estratégias terapêuticas como a terapia gênica. Através do bloqueio ou estímulo de determinados alvos genéticos ou moleculares seria possível interromper o ciclo celular de células transformadas. Uma das estratégias sugeridas foi a utilização de seqüências anti-sense do gene da ciclina G que revelou resultados iniciais clínicos e experimentais promissores em diversas neoplasias, inclusive na colorretal. Assim seria esperado que a expressão da ciclina G estivesse freqüentemente alterada de maneira seletiva nas células do câncer colorretal quando comparado às células normais. Por estas razões, decidiu-se estudar a expressão da ciclina G em pacientes com câncer do reto. Métodos: Dados clínicos, epidemiológicos, anátomo-patológicos e de sobrevivência de 36 pacientes com câncer do reto foram obtidos e correlacionados com os resultados de expressão imunohistoquímica da ciclina G. O tecido neoplásico e normal distante da lesão primária foram submetidos a reação imunohistoquímica com anticorpo monoclonal anti-ciclina G e quantificados através de três métodos: (1) quantitativo, obtido a partir da contagem de células determinando a razão entre o número de células positivas e o número total de células contadas em 10 campos; (2) semi-quantitativo (cruzes), obtido a partir da pontuação em sistema de cruzes conforme a intensidade e quantidade de células positivas em áreas de maior impregnação do corante; (3) semi-quantitativo (escore), obtido a partir da pontuação em sistema de escore (alto ou baixo) conforme a intensidade e quantidade de células positivas em áreas de maior impregnação do corante. O estudo estatístico incluiu teste T de student, Qui-quadrado, exato de Fisher, teste t pareado, Wilcoxon, log-rank e curva ROC sendo considerados significativos quando o valor de p<0,05. Resultados: A expressão da ciclina G foi positiva em 76,5±30% da células contadas, com média de 3,2±1,1 cruzes e escore alto em 32 pacientes no tecido tumoral. No tecido normal dos pacientes a positividade foi de 42,2±27,4%, com média de 1,9±1,1 cruzes e escore alto em 16 casos. Quando comparados os tecidos tumoral e normal de cada paciente, o resultado tumor>normal foi obtido em 28 (77,8%) pacientes (quantitativa), 27 (75%) pacientes (semi-quantitativa/cruzes) e 18 (50%) pacientes (semi-quantitativa/escore). A diferença de expressão entre tecido tumoral e tecido normal maior que 10% apresentou correlação com ausência de metástases sistêmicas enquanto que a diferença maior que 38% apresentou correlação com a ausência de metástases linfonodais (área da curva 0,69 nos dois casos). Houve correlação entre o resultado tumor>normal e a ausência de metástases linfonodais quando o método de quantificação foi semi-quantitativo (cruzes e escore;p=0,02 e 0,04). Não houve correlação entre o resultado tumor>normal e as demais características. Não houve influência do resultado tumor>normal nas curvas de sobrevivência (3 anos). Conclusões: A expressão da ciclina G é maior no tecido neoplásico do câncer colorretal quando comparada ao tecido normal. Apesar disso, a expressão da ciclina G é raramente nula no tecido normal. A expressão de ciclina G tumor>normal esteve associada a ausência de metástases linfonodais quando mensurada através de métodos semi-quantitativos. Apesar disso, a expressão alterada da ciclina G não tem influência sobre sobrevivência precoce em pacientes com câncer do reto. |