Análise das tensões geradas por implantes curtos e convencionais reabilitados com próteses fixas unidas e isoladas, por meio do método de correlação de imagem digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Peixoto, Raniel Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-30012014-164020/
Resumo: Nos casos de perda óssea vertical severa, principalmente em áreas posteriores da mandíbula, o uso de implantes curtos associado a próteses fixas metaloplásticas esplintadas pode ser uma alternativa às cirurgias de enxerto ósseo e a melhor transmissão de tensões ao osso adjacente, respectivamente. Dentre os métodos que avaliam a distribuição de tensões em torno dos implantes, a Correlação de Imagem Digital (CID) leva vantagens no que diz respeito à possibilidade de avaliar a distribuição das tensões de forma contínua por meio de imagens obtidas ao longo do tempo, durante carregamento oclusal. Diante disso, este trabalho avaliou qualitativa e quantitativamente o desempenho biomecânico de próteses fixas metaloplásticas parafusadas, unidas e isoladas, sobre implantes de diferentes comprimentos, posicionados na região posterior da mandíbula, por meio do método de CID. A partir de quatro modelos mestres, foram confeccionados quatro modelos em resina de poliuretano F16, simulando extremidade livre mandibular, com o dente 44 em resina (Luxatemp) e os dentes 45, 46 e 47 substituídos por implantes curtos (4 x 5 mm) e/ou convencionais (4 x 11 mm). Os grupos (G) deste estudo foram: G1 (dois implantes convencionais [45 e 46] e um curto [47]), G2 (um implante convencional [45] e dois curtos [46 e 47]), G3 (três implantes curtos) e G4 (três implantes convencionais). Próteses fixas metaloplásticas unidas e isoladas foram parafusadas sobre os intermediários e submetidas a diferentes carregamentos oclusais de 250N: puntiforme (distal do 47 e mesial do 45) e oclusal distribuído. Tensões na direção horizontal (&epsilon;xx) foram calculadas e comparadas qualitativa e quantitativamente pelo software de CID (Davis 8.0, LaVision GmbH). Em geral, houve uma concentração de tensões em maior intensidade nas áreas onde os implantes curtos estavam posicionados. No carregamento puntiforme no segundo molar, houve uma predominância de tensões de compressão e tração nos planejamentos com coroas unidas e isoladas, respectivamente, e as tensões de maior magnitude foram encontradas no G2, G3 e G4 com coroas isoladas (p>0,05), apresentando valores mediados (&mu;S) equivalentes a 396,08, 360,45 e 354,04, respectivamente. No carregamento puntiforme envolvendo o segundo pré-molar, houve predominância de tensões de compressão em todos os planejamentos, com magnitudes mais elevadas nos grupos com coroas unidas (p<0,05). As simulações com carga oclusal distribuída revelaram, também, predominância de tensões de compressão em todos os planejamentos, com maior magnitude nos grupos com coroas unidas, sobretudo no G1 (-464,05±106,43) e G3 (-474,39±179,54) e com diferenças estatisticamente significantes em relação aos demais grupos (p<0,05). Dentro das limitações deste estudo, pode-se concluir que a esplintagem das coroas sobre múltiplos implantes promoveu maior concentração de tensões em torno dos implantes durante os carregamentos puntiforme no segundo pré-molar e oclusal distribuído, reforçando a necessidade de contato interproximal e ajuste oclusal efetivos para promover melhor distribuição das tensões. Adicionalmente, a combinação de implantes curtos e convencionais parece ser uma alternativa viável na reabilitação de áreas edêntulas posteriores com altura óssea reduzida.