Desenvolvimento dos tecidos entérico, hepático e muscular de juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus, Holmberg 1887) e dourado (Salminus brasiliensis, Cuvier 1816) alimentados com dieta contendo colostro bovino liofilizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nordi, Wiolene Montanari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-04022015-110705/
Resumo: O fornecimento de colostro bovino liofilizado (CBL), fonte alternativa de proteína, foi avaliado como um ingrediente inovador na nutrição de peixes. A influência desta secreção láctea foi estudada sobre o desenvolvimento dos tecidos entérico, hepático e muscular de pacu (Piaractus mesopotamicus) e dourado (Salminus brasiliensis) juvenis, utilizando-se análises da concentração sérica de IGF-I, o estudo da estrutura morfológica e atividade enzimática no intestino e, os indicadores de atividade celular nos tecidos entérico, hepático e muscular. Os pacus (8,5 ± 0,7g; 7,7 ± 0,3cm) e dourados (13,3 ± 0,9g; 10,8 ± 0,3cm), foram distribuídos num delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x2, constituindo-se de três dietas com inclusão de CBL (0%, 10% e 20%) e dois períodos experimentais (30 e 60 dias). Para os indicadores de desempenho no pacu, houve interação para ganho de peso (GP) e conversão alimentar aparente (CAA) (P<0,05). Os valores de GP, para 10 e 20% de CBL, não diferiram do 0% de CBL, indicando que as dietas foram adequadas e atenderam as necessidades nutricionais dos juvenis. Maior índice de conversão alimentar foi encontrado com 10% de CBL, aos 60 dias. A concentração de IGF-I não diferiu entre as dietas nas duas espécies, contudo, foi maior no dourado aos 60 dias (P<0,05). A morfologia do epitélio intestinal de pacu e dourado juvenis não foi alterada pelo fornecimento de CBL, entretanto, observaram-se diferenças entre os segmentos intestinais. A atividade da enzima aminopeptidase N foi maior nos pacus alimentados com 10% e 20% de CBL (P<0,05); a atividade das peptidases e dissacaridases foi menor aos 60 dias; exceto para aminopeptidase A, que apresentou elevada atividade neste mesmo período. No dourado, apenas houve diferença para aminopeptidase A, que foi menor aos 60 dias (P<0,05). Com relação aos indicadores de atividade celular, no intestino de pacu, a relação proteína total (PT)/RNA foi menor aos 30 dias. No fígado de dourado houve interação entre dieta e período para DNA, sendo maior nos peixes alimentados com 20% de CBL, aos 60 dias. No músculo de pacu PT/RNA foi maior com 10% de CBL; RNA, PT/DNA e RNA/DNA menor aos 60 dias, enquanto DNA e PT/RNA, maior neste mesmo período. No músculo do dourado, RNA e RNA/DNA, foram menores aos 60 dias e, PT/RNA, maior neste mesmo período (P<0,05). Considerando os aspectos estudados para avaliar as consequências do fornecimento de colostro bovino para pacu e dourado juvenis, observou-se que foram mantidas inalteradas a plasticidade e atividade das enzimas no epitélio intestinal e a atividade celular nos tecidos entérico, hepático e muscular. Esta condição sugere a possibilidade de uso desta secreção láctea na nutrição dos peixes estudados.