Consumo alimentar de alunos da educação básica de Guariba, São Paulo: um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Amistá, Maria Julia de Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-01082018-110904/
Resumo: Nos últimos anos o padrão de consumo alimentar no Brasil sofreu diversas modificações por conta dos processos de transição nutricional, marcado intensamente pelo alto consumo de alimentos com elevado teor calórico, ricos em gorduras, açúcares simples, sódio e ao baixo consumo de frutas, hortaliças e alimentos in natura. Este trabalho de caráter longitudinal teve por principal objetivo avaliar a mudança do estado nutricional dos alunos da rede pública de educação básica de ensino de Guariba (estado de São Paulo), no triênio 2013-2016, estimando as variáveis associadas às mudanças do estado nutricional, e analisar a ingestão de energia, macronutrientes, vitaminas, minerais, fibra alimentar e sua relação com o estado nutricional. Para a avaliação nutricional dos alunos foram analisados os indicadores antropométricos (escore Z do Índice de Massa Corporal). As informações referentes ao consumo de alimentos, qualitativa e quantitativa, foram obtidas por meio da adoção de 2 (dois) Recordatórios 24h (nas duas fases - F1 e F2), e as prevalências de inadequação de consumo de micronutrientes foram calculadas utilizando as recomendações nutricionais indicadas para cada estrato etário. Merece destaque a prevalência de excesso de peso dos alunos (49,58%) principalmente no que tange a proporção de obesos (15,60%), e as mudanças significativas no aumento o IMC com o transcorrer do tempo. Quanto ao consumo de macronutrientes, carboidratos, proteínas e gorduras saturadas apresentam-se acima dos valores preconizados de recomendações dietéticas. Quanto aos micronutrientes, os achados assemelham-se aos dados nacionais quanto à inadequação de cálcio, magnésio, sódio e potássio. Foi possível captar associação entre a inatividade física, medido pelo \"tempo de tela\", com o aumento do IMC na segunda fase da pesquisa. O número de alunos inativos tende a um quadro favorável ao incremento das taxas de sobrepeso e obesidade na população estudada, uma vez que um elevado percentual dos alunos classificados como obesos são sedentários (96,43%, na Fase 2). Políticas de saúde públicas municipais direcionadas a orientação dos adolescentes matriculados nas escolas de educação básica de ensino urgem em ser implantadas, com o intuito de que esta população não apresente altos índices de doenças crônicas relacionadas à baixa qualidade da dieta, sedentarismo e excesso de peso na idade adulta.