O desespero humano: Søren Kierkegaard e a clínica psicológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Margarido, Filipe Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-05102017-173927/
Resumo: Investigamos acerca do sofrimento humano e suas vicissitudes na clínica psicológica, a partir do pensamento de Kierkegaard, especificamente a partir do conceito de desespero. Objetivase analisar os caminhos que o psicólogo tem para compreender os fenômenos mentais, e relacioná-los com a filosofia kierkegaardiana, pautado numa metodologia qualitativa de pesquisa. Sendo o sofrimento humano um fenômeno subjetivo, ele adquire uma semântica diferente para cada indivíduo. Kierkegaard explora o sofrimento a partir da universalidade do fenômeno do desespero. No livro A doença mortal, o autor faz uma análise estrutural sobre as diversas manifestações que o desespero pode ter para cada pessoa, de acordo com os níveis de consciência que cada um possui. Nesse percurso, a proposta desta investigação articulou esses saberes à clínica psicológica naquilo que se revela no sofrimento. Para tanto, constatamos que o terapeuta precisa estar fundamentado numa epistemologia que acolha a questão do mistério e do inominável da condição humana, tal como foi examinada a partir do pensamento de Kierkegaard. Este autor analisou o desespero num horizonte filosófico e teológico. Na perspectiva clínica, vemos que o desespero encontra-se num horizonte de compreensão que paciente e terapeuta têm no instante da sessão psicoterápica