Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carmen Lucianna Miranda e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-24112009-132532/
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Resumo: |
A fala espontânea, também nomeada como discurso espontâneo, compõe a investigação de várias pesquisas nas áreas da fonética e da fonologia. Pesquisas relevantes na área podem ser observadas no Journal of the International Phonetic Association (JIPA), referência base para a nossa pesquisa e publicação onde constam estudos que investigam diferentes línguas nos aspectos fonético- acústicos da fala espontânea. O objetivo geral desta pesquisa é investigar aspectos fonético-acústicos da fala espontânea no português do Brasil e comparar a leitura oral tendo como justificativa principal o desafio que este estudo propõe diante da escassez de pesquisas em relação à fala espontânea com o português do Brasil. Nossas hipóteses basearam-se em estudos de alguns autores que estudaram a fala espontânea em diferentes línguas, como Barry e Andreeva; Shriberg (2001) e que chegaram a algumas definições para fala espontânea. Segundo esses autores, a fala espontânea se opõe ao discurso lido por ser uma fala despreparada e não treinada, além de apresentar duração de discurso mais longa e maior ocorrência de disfluência do que a leitura oral. Barry e Andreeva (2001) destacam também mudanças na prosódia, já que a função das palavras é diferente em cada uma dessas modalidades de fala. A partir destes trabalhos, surge o objetivo específico da pesquisa: verificar os aspectos estudados nos trabalhos acima citados no português do Brasil e caracterizar cada modalidade de fala (fala espontânea e a leitura oral) por meio da identificação de possíveis similaridades ou possíveis diferenças nos aspectos de: duração das frases, pausas (duração e número de ocorrências), freqüência fundamental (F0 inicial e F0 final e F0 máxima e F0 mínima) e medidas de Voice Onset Time (VOT) de consoantes oclusivas surdas. A coleta das amostras de fala espontânea e de leitura oral foi realizada a partir da observação dos métodos sugeridos por Local e Walker (2005) e da aplicação de provas semi-dirigidas por meio da gravação de diálogos quase-espontâneos, observadas em Nicolaidis (2001) e Andreeva e Barry (2001) em pesquisas com a fala espontânea. O corpus constitui a participação de quatro homens com idade média de trinta e seis anos. Os critérios para a seleção dos sujeitos foram: sujeitos do sexo masculino, falantes do português do Brasil, monolíngues, com nível superior (completo ou incompleto), bons leitores, não profissionais da voz, sem queixa e/ou alteração de fala e voz e que não fizessem uso de drogas. Na pesquisa consta a avaliação de 48 (quarenta e oito) frases de todos os sujeitos, sendo 12 (doze) de cada sujeito, 6 (seis) frases de fala espontânea e 6 (seis) de leitura oral do mesmo texto. Além destes dados, para as medidas de Voice Onset Time VOT, foram realizadas medidas de 60 (sessenta) consoantes oclusivas surdas, 10 (dez) de cada tipo de oclusiva (velar, alveolar e bilabial, com medidas na modalidade espontânea e na versão lida. As consoantes oclusivas analisadas foram retiradas das frases selecionadas e também colhidas de forma aleatória de outras frases do discurso. O programa para gravação e medidas acústicas foi o Winpitch Prow 1.0. Os resultados mostraram algumas particularidades de cada tipo de fala, porém vale ressaltar os aspectos obtivemos dados com significância estatística: maior ocorrência e durações mais longas de pausas na fala espontânea, F0 inicial mais alta do que e F0 final na leitura oral, F0 final mais alta em fala espontânea e medidas de VOT mais longas em leitura oral. |