Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Carolina Margarido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-08062015-162709/
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Resumo: |
O recorte temporal deste trabalho - 1993 a 2013 - deve sua data inicial ao fato de o começo dos anos 1990 ter sido o momento de um primeiro ciclo da Reforma Urbana e das primeiras discussões de Planejamento Estratégico no Brasil. A despeito da discussão que ocorria do Rio de Janeiro, cujo discurso continha a necessidade de resgate de identidade citadina e tudo o mais a ele associado, a discussão estratégica, de forma geral, se deu de forma direta, repetindo a fala de um de seus idealizadores, Jordi Borja. Segundo a mesma, a ´cidade global´ necessita se mostrar competitiva no cenário econômico para atrair investimentos. À época já havia uma gama de administradores e gestores públicos, de técnicospolíticos e de arquitetos e outros profissionais que lidam com a cidade, seduzida pelo diagnóstico da globalização e da parceria cidade global/planejamento estratégico. A pesquisa explicita o reflexo deste tipo de pensamento por meio do qual a cidade é uma mercadoria passível de venda - objetivo final do city marketing desenvolvido desde então - em uma cidade de porte médio como Ribeirão Preto, aderindo a discussões sobre as Políticas Públicas na área da Cultura, vistas também como fonte para este pensamento. Além disso, tem-se como objetivo, por meio do recorte temporal de 1993 - início da primeira gestão do prefeito Antonio Palocci Filho, PT - a 2013 - início da segunda gestão da prefeita Dárcy Vera, PSD -, localizar e questionar o posicionamento do poder público em relação ao empreendedorismo urbano, bem como o resultado físico-espacial das forças nele aplicadas. Estariam a arquitetura e o urbanismo, bem como a arte, apenas subordinados às dimensões econômica e social, tornando-se meros empreendimentos, ou valeria ainda uma discussão que os enquadrasse nas questões referentes à cultura/mercadoria, espetáculo e dinheiro? Qual seria o lugar das intervenções urbanas para a governança urbana no período englobado? O trabalho propõe, assim, um forte questionamento sobre qual a relação entre urbanismo e política cultural, no caso de Ribeirão Preto. A hipótese defendida é a de que o Planejamento Estratégico que intencionou-se aplicar à cidade de Ribeirão Preto no início da década de 1990 - por meio do Projeto Ribeirão Preto 2001 - Ação Estratégica para o Desenvolvimento e das Parcerias Público - Privadas, à imagem de Atlanta [EUA] - ainda vigora, de forma virtual e não declarada, apesar da mudança de governo. Observamos, ainda, um discurso extremamente embasado na competitividade, empreendedorismo e governança urbanos direcionados pela acumulação flexível do capital. A cultura torna-se, assim, um objeto mercadológico - e, portanto, autonomizado - ainda incipiente, mas promissor, visto que necessário à inserção da cidade na lógica cultural do capitalismo tardio especialmente devido às características da região administrativa da qual Ribeirão Preto seria municípiopolo. O trabalho retoma, assim, planos antigos e até o momento não devidamente contrapostos - ou sobrepostos -, trazendo à luz o caminho percorrido para chegarmos aqui, bem como lança perspectivas a respeito dos processos de urbanização e cultura em Ribeirão Preto. |