Em defesa do ensino de psicologia na educação básica: uma proposta a partir do estudo de currículos secundaristas de países com alto índice de desenvolvimento humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lermes, Rodrigo da Silva Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-16022023-165108/
Resumo: O ensino de psicologia na educação básica do Brasil não possui legislação nacional (tal como Parâmetros ou Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Base Nacional Comum Curricular e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Assim, a fim de fomentar a discussão sobre a inserção obrigatória da disciplina de psicologia na educação básica, nossa pesquisa buscou compreender qual a importância do oferecimento de ensino de psicologia para estudantes secundaristas, em formação propedêutica, através do estudo de currículos prescritos neste nível de escolaridade nos países com o maior IDH em seus respectivos continentes em 2014. Enfatizamos a análise do conteúdo, a estrutura do curso, a justificativa e o período de escolarização em que há o oferecimento da disciplina de psicologia lançando mão da proposta de análise qualitativa organizada por Sampieri, Collado e Lucio (2010) e da abordagem fenomenológica dos materiais estudados. Os principais resultados apontam que há o oferecimento de disciplina de psicologia no ensino secundário e que os países reconhecem, explicitamente, a legitimidade das respostas propostas pela ciência psicológica a diversos desafios próprios do cotidiano pessoal e social (intolerância, crime, pobreza, preconceito, violência, formação de identidade, carreira, saúde mental etc.), inegavelmente indissociáveis da vida de adolescentes e jovens. Houve durante o desenvolvimento da nossa pesquisa uma crise sanitária envolvendo a pandemia mundial de COVID19 que implicou no distanciamento social sistemático e institucional entre pessoas, além do aumento de casos de sofrimento e adoecimento psicológico entre jovens em idade escolar que, por sua vez, revelou uma faceta potencial do ensino de psicologia relacionada à promoção de saúde mental e ao caráter terapêutico desta disciplina. Como resultado da pesquisa, elaboramos uma proposta de ensino de psicologia que fornece bases para o desenvolvimento da disciplina com estudantes na educação básica, além de viabilizar o trabalho diferenciado do professor de psicologia em relação aos demais trabalhos de psicólogos na escola