Treino de memória para idosos saudáveis e com comprometimento cognitivo leve: benefícios sobre parâmetros cognitivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brum, Paula Schimidt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-27072012-152403/
Resumo: As intervenções cognitivas voltadas a idosos saudáveis ainda encontram-se pouco estudadas na literatura nacional, apesar de terem sido investigadas em outros países. O treino de memória oferecido a idosos com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) tem recebido cada vez mais atenção de pesquisadores e parece também beneficiar esta população. Não se sabe se o treino tem efeito a longo prazo e nem se os benefícios são os mesmos para idosos saudáveis e com CCL. Esta pesquisa teve como intuito avaliar o impacto do treino de memória de oito sessões oferecido a idosos controles normais (CN) e com CCL com alta escolaridade em parâmetros cognitivos. Para isso, contamos com a participação de 61 idosos acompanhados pela equipe multidisciplinar do Laboratório de Neurociências LIM 27 do Instituto de Psiquiatria da FMUSP aleatoriamente divididos em grupo experimental - GE (sendo 17 CN e 18 com CCL) e grupo controle - GC (sendo 12 CN e 14 com CCL). Estes grupos foram avaliados em quatro momentos diferentes, a saber, antes da intervenção (T0), uma semana após o término da intervenção (T1), um mês após a última avaliação (T2) e seis meses após T1 (T3). O GE recebeu treino de memória com ênfase na categorização e grifos entre T0 e T1. O GC realizou todas as avaliações no mesmo tempo de GE, mas o treino foi lhes oferecido depois de T3. Observou-se melhora em ambos os grupos GE de T0 para T1 quando comparados ao grupo GC em testes de atenção, velocidade de processamento, estratégias mnemônicas, e em testes de memória. Estes efeitos parecem se manter a curto e a longo prazo, mostrando, de maneiras diferentes, os benefícios do treino e a existência de plasticidade cognitiva em ambas as populações estudadas