Arranjos entre fatores situacionais e sistema de contabilidade gerencial sob a ótica da teoria da contingência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Guerra, Almir Rogério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Fit
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-24052007-085106/
Resumo: Contrariando o caráter universalista das abordagens clássicas anteriores, a Teoria da Contingência defende que não há uma melhor forma de se organizar. Conforme o contexto ambiental apresentado, a organização deve se estruturar de uma maneira diferente. No âmbito da contabilidade gerencial, os estudiosos desta teoria argumentam que não há como desenvolver um Sistema de Contabilidade Gerencial (SCG) que tenha a mesma eficiência em todas as situações. Diferentes ambientes requerem diferentes modelos de estratégia e estrutura organizacional, o que termina por impactar a forma como o SCG é organizado. Amparada então pela teoria contingencial, a presente pesquisa tem por objetivo identificar e analisar os arranjos promovidos pelo encaixe existente entre os fatores ambientais e organizacionais nas maiores empresas atuantes no mercado brasileiro. Os fatores empregados são: ambiente, tecnologia, estratégia, estrutura organizacional, atributos do SCG e desempenho organizacional. Para cada fator, há uma ou mais variável que procura mensurar o quanto as características tratadas estão presentes. A coleta dos dados se deu por meio de questionários enviado às empresas constantes no projeto Melhores & Maiores, edição 2006. A amostra final é composta por 104 participantes, a partir da qual se empregou estatística descritiva e Análise de Cluster. Os resultados revelaram três arranjos. O primeiro é composto por empresas com ambiente competitivo, tecnologias modernas e não-padronizadas, estratégia de diferenciação, estrutura orgânica e atributos do SCG sofisticados (instrumentos e práticas modernas, informações tempestivas, agregadas, integradas, não-financeiras, focadas no ambiente externo e no futuro). O segundo é composto por empresas com ambiente estável e protegido, tecnologias pouco padronizadas e pouco desenvolvidas, estratégia de liderança em custos, estrutura mecanicista e atributos do SCG menos sofisticadas (instrumentos e práticas tradicionais, informações não-tempestivas, não-agregadas, não-integradas, financeiras, focadas no ambiente interno e no passado). O terceiro arranjo é composto por empresas com ambiente e atributos do SCG semelhantes ao primeiro, e com estratégia e estrutura similar ao segundo. Nos dois arranjos iniciais o desempenho mostra-se superior e considerando ainda que a disposição das variáveis convergem com os resultados empíricos de outras investigações, conclui-se que nestes arranjos há um maior encaixe entre os fatores situacionais do que no terceiro. O estudo ainda conclui que ajustar os atributos do Sistema de Contabilidade Gerencial a cada contexto ambiental e organizacional resulta na utilização mais eficiente dos recursos aplicados neste sistema.