Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Paula, Camila Galan de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-11032016-140934/
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Resumo: |
Esta pesquisa parte de preocupação inicial com a aquisição e circulação de bens industrializados por populações indígenas. A partir de pesquisa de campo com os Wajãpi no Amapá (grupo de língua tupi-guarani), seguem-se dois caminhos para lidar com a questão. O primeiro capítulo desta dissertação investiga o modo como os Wajãpi apreciam os objetos e os critérios usados para avaliar uma coisa como boa-bonita (ikatuwa) ou ruim-feia (nikatui). A partir das avaliações desses indígenas, recusa-se a divisão entre objetos industrializados versus manufaturados nas aldeias. As discussões sobre os critérios avaliativos centram-se: (i) na avaliação das coisas por algumas de suas qualidades sensíveis; (ii) na relação entre um objeto, seu processo produtivo, seu produtor e o material utilizado em sua confecção; (iii) na distinção entre originais e importados para os produtos comprados nas cidades; (iv) na facilidade de uso que certas coisas e técnicas apresentam. O segundo capítulo investiga a questão das vestimentas, enfocando as considerações dos Wajãpi sobre o uso de roupas adquiridas nas cidades em comparação a outros elementos de fabricação corporal usados há mais tempo pinturas com urucum, jenipapo, resinas odorantes, uso de tangas e saias vermelhas, miçangas. Em diálogo com análises de outros antropólogos, abordo de diversas maneiras as considerações dos Wajãpi sobre a questão. Acompanho suas comparações entre o uso de roupas e de pinturas corporais na modulação de relações com outras gentes sobrenaturais na divisão naturalista. Trato da articulação entre o uso de certas roupas e a fabricação de corpos adequados e belos, a partir das ideias de combinar e de vergonha. As ideias de imitação (waã) e de acostumar-se (-jipokuwa) são também investigadas. Relaciono a imitação dos não indígenas e o costume de usar suas roupas a outras práticas de imitação realizadas pelos Wajãpi. Por fim, esboço uma compreensão sobre o modo como a busca por certos bens é fomentada também pelas relações entre iniciadores e seguidores. Para tanto, parto das ideias de fazer preconceito, desigualdade, ciúme, inveja. Perpassa esta dissertação a questão da corporalidade e da fabricação corporal. Objetos possuem corpos, têm suas partes nomeadas em paralelo às partes dos corpos de gente wajãpi e de outras gentes animais e plantas, na divisão naturalista. Seguindo outros autores, apresento elementos para problematizar a divisão entre pessoas e coisas, a partir de investimento investigativo na questão da fabricação corporal na confecção de objetos e de gente wajãpi. |