Estudo in vitro da inativação fotodinâmica do Rhizopus oryzae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Marques, Maria Júlia de Arruda Mazzotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-07032023-101350/
Resumo: Durante a pandemia da COVID-19, surgiram várias complicações em pacientes infectados, sendo uma delas a mucormicose, que é uma doença fúngica extremamente agressiva com uma elevada taxa de mortalidade, especialmente em pessoas com sistema imune comprometidos. A maioria dos casos de mucormicose é causada pelo fungo Rhizopus oryzae, também conhecido como fungo negro, com 90% dos casos afetando o sítio rinocerebral. Os tratamentos utilizados são baseados em doses elevadas de anfotericina B e posaconazol, associadas a ressecções cirúrgicas quando possível. Contudo, mesmo com um tratamento antifúngico agressivo, a taxa de mortalidade atribuível estimada é elevada. Na ausência de desbridamento cirúrgico do tecido infectado, o tratamento antifúngico por si só não é curativo. Por isso há necessidade de desenvolvimento de tratamentos adjuvantes. A Terapia Fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) pode ser uma opção terapêutica auxiliar para a mucormicose. Devido à falta de relatos na literatura sobre a morfologia e a inativação fotodinâmica de R. oryzae, realizamos uma caracterização desse fungo utilizando Microscopia Confocal e Microscopia Eletrônica de transmissão e investigamos diferentes protocolos utilizando o Photodithazine® (PDZ) como um fotossensibilizador. Foi estudada resposta sobre a taxa de crescimento do fungo sob parâmetros de tratamento distintos como concentração e tempo de incubação do fotossensibilizador e associação com surfactante Dodecil Sulfato de Sódio (SDS). Para as hifas, tanto na fase clara quanto escura, nos protocolos utilizando somente PDZ observamos uma resposta fotodinâmica ineficaz, ao adicionar SDS 0,01% notamos uma melhora na resposta e com a combinação do SDS 0,05% e PDZ obtivemos uma taxa de inibição de 98% do crescimento para 2 sessões de TFDa na fase clara e 72% de inibição no protocolo de 1 sessão para a fase escura. No estudo em conídio conseguimos observar a redução de 1,7 log10 do crescimento do fungo. Neste presente trabalho, a TFDa mostrou potencial antimicrobiano no estudo in vitro do R. oryzae.