Um provinciano na corte: as aventuras de \'Nhô-Quim\' e a sociedade do Rio de Janeiro nos anos 1860-1870

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Augusto, José Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-30032009-144332/
Resumo: Esta dissertação de mestrado procura reconstruir e interpretar uma fase da carreira do artista italiano Angelo Agostini (1843-1910) na revista ilustrada A Vida Fluminense (1868-1875), focalizando sobretudo As aventuras de Nhô-Quim. Reconhecido com um dos mais importantes artistas gráficos do século XIX, Agostini teve uma longa carreira que se inicia em São Paulo em 1864 e continua no Rio de Janeiro onde, a partir de 1867, participa também de veículos como O Arlequim, O Mosquito, e lança títulos como Don Quixote e a Revista Illustrada, o mais importante periódico da imprensa humorística da época. A Vida Fluminense é a primeira revista em que Agostini aparece como sócioproprietário e marca uma fase de transição em sua carreira, onde demonstra maturidade artística e esboça preocupações políticas que se concretizariam em sua produção futura. Também é nessa folha ilustrada que Angelo Agostini dá início à narrativa visual seqüencial As aventuras de Nhô-Quim, série em 14 episódios, publicada a partir de janeiro de 1869 e continuada por Candido Aragonez de Faria em 1872, quando então é interrompida, sem uma conclusão. O propósito desse trabalho é evidenciar como a efêmera série criada por Agostini apresenta pitorescos flagrantes de relações sociais entre os habitantes da corte e as oligarquias rurais na segunda metade do século XIX.