Leishmaniose visceral canina: caracterização das alterações histológicas de pele, linfonodo e baço e, a correlação do parasitismo tecidual com a expressão do iNOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sanches, Françoise Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-27082014-090649/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo caracterizar as alterações histológicas de pele, linfonodo e baço, determinar a densidade de parasitas e de células iNOS+, assim como correlacionar o parasitismo com a expressão de iNOS em pele, baço e linfonodo de cães naturalmente acometidos por leishmaniose visceral. Foram selecionados aleatoriamente, 28 cães infectados com Leishmania (Leishmania) infantum chagasi, oriundos do Centro de Controle de Zoonoses do município de Araçatuba, os quais foram distribuídos em dois grupos, de acordo com sinais clínicos e exames laboratoriais, em sintomáticos (n=18) e assintomáticos (n=10). Um grupo de 6 animais oriundos de área não endêmica para leishmaniose visceral foram empregados como controle negativo. As alterações histológicas de pele foram similares em ambos os grupos clínicos, sintomáticos e assintomáticos, e se caracterizaram por um infiltrado inflamatório na derme, formado por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos), que variou de discreto a intenso. No linfonodo, as alterações histológicas foram também semelhantes entre os grupos clínicos, e se caracterizaram por hiperplasia e hipertrofia da área cortical e para-cortical, que variou de discreta a intensa; e por hiperplasia e hipertrofia de macrófagos na região medular, caracterizando em muitos casos uma linfadenite granulomatosa. No baço, alterações histológicas da polpa branca e polpa vermelha foram similares entre os grupos sintomáticos e assintomáticos, com hipoplasia e atrofia de polpa branca e, hipertorfia e hiperplasia de macrófagos na polpa vermelha, variando de moderado a intenso. Quanto ao número de formas amastigotas/mm2 tanto na pele, como no linfonodo e baço, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos clínicos (p=0,2104), (p=0,2401) e (p=0,8869), respectivamente. Em relação à densidade de células iNOS+(células/mm2), observamos que a infecção por Leishmania levou ao aumento do número destas células na pele, no baço e no linfonodo em relação ao controle (p < 0,05). Porém, quando analisamos a densidade de células iNOS+ entre os grupos clínicos, sintomáticos e assintomáticos, não observamos diferença significativa tanto na pele (p=0,3026), como em linfonodo (p=0,3257) e baço (p=0,5940). Observou-se correlação fraca e não significativa entre a densidade de parasitas e a densidade de células expressando iNOS+ no tegumento; porém no linfonodo, verificou-se correlação negativa moderada e significante (p=0,0034) entre o parasitismo e a expressão de células iNOS+, assim como no baço (p=0,0329), sugerindo que o óxido nítrico deve exercer um papel importante no controle do parasitismo em vísceras