Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lobato, Beatriz Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19022015-194207/
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Resumo: |
O diabetes mellitus em pessoas em idade produtiva pode acarretar a perda de habilidades para o trabalho, redução da produtividade e aposentadoria precoce. Este estudo objetivou construir um modelo teórico sobre os significados atribuídos à experiência de ser trabalhador com diabetes na perspectiva das pessoas com diabetes e dos profissionais de saúde. Utilizou-se a abordagem qualitativa na perspectiva do Interacionismo Simbólico, como referencial teórico e a Teoria Fundamentada nos Dados, como referencial metodológico. A coleta dos dados foi orientada pelo processo de amostragem teórica, sendo a entrevista o principal recurso utilizado. Foram entrevistadas 11 pessoas com diabetes mellitus tipo 2 e 8 profissionais de saúde. As entrevistas foram realizadas no período de março de 2012 a maio de 2013 e transcritas na íntegra. A análise dos dados foi realizada em três etapas: codificação aberta, axial e seletiva, que permitiram a identificação das categorias e do fenômeno central. Verificou-se que para pessoa com diabetes a experiência do adoecer é compreendida como uma condição velada em diferentes interações sociais e contextos de vida e que precisa ser por ela administrada. Experiência cotidiana com uma condição crônica suscita o medo da morte e a experiência de limitações nas atividades diárias, que compromete a identidade e o desempenho de papéis como o de trabalhador. Neste processo, percebe-se a atenção a saúde como parte da rotina da pessoa com diabetes em idade produtiva, a qual é compreendida como uma atenção fragmentada, centrada em ações biológicas e prescritivas, que não abarcam as implicações emocionais e sociais desta condição crônica e não oferecem suporte para lidar com esta condição no contexto do trabalho. Embora, a revelação das implicações entre diabetes e trabalho apresente a existência de uma implicação recíproca entre a enfermidade e o e trabalho, esta condição mantém-se velada neste contexto, devido ao medo de sofrer preconceito. Assim, as pessoas com diabetes e os profissionais de saúde revelam a busca por ações e estratégias que viabilizam o ser trabalhador com diabetes, na qual adaptam as ações de autocuidado ao ambiente e condições de trabalho, evitando promover mudanças na rotina e formas de organização desta atividade. Como consequência, as pessoas com diabetes apresentam-se com dificuldades para manter-se no trabalho, o que pode antecipar sua saída do mercado de trabalho. Frente a esta realidade, o profissional de saúde percebe-se com dificuldades para intervir nas demandas do trabalhador com diabetes e identifica a necessidade de instrumentalização para atuar frente a esta demanda. A experiência descrita centraliza-se no modelo teórico sempre foi velado, que possibilita uma compreensão abrangente sobre a experiência da pessoa com diabetes que trabalha e oferece subsídios para intervenções ampliadas em saúde que considerem as pessoas com diabetes em sua integralidade e para o desenvolvimento de dispositivos legais que garantam a realização de ações de autocuidado no contexto do trabalho |