Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Gioria, Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210918-211750/
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Resumo: |
Esse trabalho apresenta resultados referentes a incidência de viroses na região da Alta Paulista, SP, e danos causados pelo ?<i>Passion fruit woodiness vírus</i>? (PWV) em maracujazeiros, avaliando-se plantas em casa-de-vegetação e em telado em Lucianopolis (SP). Em adição, foram realizados estudos sobre a distribuição do ?<i>Cucumber mosaic vírus</i>? (CMV) em áreas sintomáticas e assintomáticas de ramos de plantas infectadas em campo. Foram visitadas 45 pomares, constituídos por aproximadamente 75.000 plantas, abrangendo 9 municípios. Foram avaliadas visualmente 991 plantas, coletando-se 310 amostras para análise laboratorial. Com base nas avaliações visuais, observaram-se plantas exibindo sintomas semelhantes aos descritos para o Rhabdovirus causador do clareamento de nervuras, o CMV e o PWV. As amostras coletadas, com sintomas característicos daqueles induzidos pelo CMV e PWV, reagiram com os respectivos antissoros contra esses vírus em PTA-ELISA, sendo suas incidências estimadas em 40,7% e 71,8%, respectivamente. No caso do clareamento de nervuras, foram analisados cortes ultra finos de tecidos de apenas 10 amostras, entre as 57 sintomáticas observadas em campo. Em todas elas foram encontradas partículas do tipo Rhabdovirus. Com base nestes dados estimou-se que a incidência desta virose foi da ordem de 5,8%. O CMV, segundo vírus em incidência nos plantios da região, apesar de ser um vírus cosmopolita, infectar mais de 80 espécies vegetais, ser transmitido por diversas espécies de afídeos de forma não persistente e já ter sido relatado em maracujazeiro em diversas partes do mundo, parece possuir importância reduzida pois tem distribuição aparentemente limitada nos ramos. Testes biológicos e serológicos de PTA-ELISA e ?Westem-blot? demonstraram que esse vírus encontra-se aparentemente restrito apenas a trechos sintomáticos dos ramos de plantas de maracujazeiro. Estudos adicionais para melhor compreensão desse fenômeno estão em andamento. As avaliações de danos causados por 4 isolados do PWV de diferentes origens (Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e São Paulo) em plantas em casa-de-vegetação apontaram reduções de até 50% em área foliar, pesos fresco e seco da parte aérea e do sistema radicular. Em telado, compararam-se o desenvolvimento e a produção de plantas inoculadas mecanicamente aos 2, 4 e 6 meses e infectadas naturalmente entre 7 e 8 meses após o transplante. Estas últimas representavam os controles sadios que foram casualmente infectadas devido a possível entrada de afídeos dentro do telado. Avaliações de desenvolvimento das plantas dos diferentes tratamentos indicaram que o índice de área foliar (IAF) estabilizou, próximo aos 12 meses após o transplante, ao redor de 4,4, 3,8, 5,6 e 10,0 respectivamente. Os resultados de produção, avaliada com base no peso e número de frutos por planta, realizada durante 5 meses, indicaram que as plantas infectadas aos 2, 4, 6 e entre 7 - 8 meses produziram, em média, 16, 20, 44 e 77 frutos e 2,4, 3,4, 6,9 e 12,9 kg, respectivamente. Quanto mais tarde ocorreu a infecção, maior a quantidade de frutos para a mesa e menor a daqueles endurecidos ou destinados à indústria. Esses resultados são sugestivos de que a retirada sistemática de plantas doentes nos 6 a 8 primeiros meses após o transplante, pode ser uma alternativa para minimizar os danos causados pelo PWV nos maracujazais, enquanto medidas duradouras de controle não são desenvolvidas. |