Avaliação do conhecimento dos Agentes Comunitários de Saúde sobre a assistência pré-natal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bonifácio, Lívia Pimenta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-22052015-122056/
Resumo: Introdução: A assistência pré-natal é fundamental no controle e na minimização dos riscos à saúde da mulher e da criança. Além disso, o pré-natal tem como intuito aproximar a gestante dos serviços de saúde para contribuir na melhora da qualidade de vida da mulher no ciclo gravídico puerperal. A oferta e o acesso ao cuidado pré-natal aumentaram, mas garantir a qualidade desse cuidado ainda é um grande desafio. Para isto é necessária uma mudança sensível na prestação de serviços de saúde adequados e na atitude e eficiência do trabalho dos profissionais de saúde. Faz parte da atribuição dos profissionais envolvidos na Atenção Primária orientar e auxiliar no pré-natal. Uma figura chave nesse contexto é o Agente Comunitário de Saúde (ACS) que possui grande contato com a comunidade e que pode ser um importante aliado nessa estratégia de assistência à gestante. Objetivo: Avaliar o grau de conhecimento dos ACSs das unidades de saúde de Ribeirão Preto - SP em relação à Assistência Pré-Natal. Método: Um questionário foi construído especificamente para o propósito deste estudo transversal cuja investigação é fundamentada na mensuração do grau de conhecimento em relação à assistência pré-natal de 194 ACSs. O questionário avaliou cinco blocos, incluindo: 1) atribuição geral do ACS; 2) abordagem inicial da gestante; 3) exames e vacinas recomendados à gestante; 4) sinais e sintomas de risco para a gestante e seu bebê e sinais de trabalho de parto e 5) orientações gerais à gestante. Pontuações foram estabelecidas para cada bloco em escala de 0 a 10. As pontuações foram agrupadas em conhecimento alto e baixo nos blocos 2 e 5, e para os três blocos restantes as pontuações foram agrupadas em conhecimento baixo, médio e alto. Dados demográficos (idade, sexo, raça/cor, escolaridade, classificação socioeconômica, vínculo institucional e anos de atribuição como ACS e na unidade atual) também foram coletados. A análise descritiva foi realizada. Além disso, a proporção de pessoas com diferentes níveis de conhecimento foi comparada através de cada variável demográfica, separadamente para cada bloco de conhecimento, usando os testes qui-quadrado (2) e teste exato de Fisher. Resultados: De maneira geral, a maioria dos ACSs obteve nível alto de conhecimento nos blocos 1 (43%), 2 (59%) e 5 (83%). Entretanto, no bloco 3 a proporção de pessoas com nível alto de conhecimento sobre os exames e vacinas recomendados foi de 35 e 40% respectivamente. Apenas 24% dos participantes apresentaram nível alto de conhecimento no bloco 4. A análise bivariada dos dados sugere, estatisticamente, que as mulheres têm maior chance de possuir conhecimento alto em relação aos homens. Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que o ACS, em especial o ACS do sexo feminino, possui grande potencial como apoio na assistência voltada a gestante. Os achados ajudam a traçar e estabelecer um guia de capacitação aos ACSs nas áreas de conhecimento que requerem atenção maior e mais específica, para que assim eles possam ter maior conhecimento sobre o assunto e sintam segurança em passar as orientações de forma adequada