Wittgenstein e a questão da harmonia entre linguagem, pensamento e realidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Segatto, Antonio Ianni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-19012012-145543/
Resumo: O propósito deste trabalho é examinar a recolocação e a transformação da questão da harmonia entre linguagem, pensamento e realidade na segunda fase da produção filosófica de Wittgenstein. A fim de cumprir esse propósito, discutem-se, no primeiro capítulo, a formulação dessa questão na fase inicial de sua reflexão, que culmina no Tractatus logico-philosophicus, e sua vinculação com as concepções de filosofia e método apresentadas nesse livro. Em seguida, discutem-se as modificações de tais concepções a partir do início da década de 1930 e a necessidade de reformulação da questão examinada. No segundo e terceiro capítulos, comentam-se as duas principais facetas que ela assume na segunda fase da produção de Wittgenstein: 1. o exame de alguns trechos dos manuscritos do chamado período intermediário e das seções 428-465 das Investigações filosóficas revelam sua vinculação com a noção de intencionalidade e noções correlatas; 2. o exame dos textos dedicados à noção de seguir regras, sobretudo as seções 185-242 das Investigações, permite reconsiderar as relações entre as regras e a prática de sua aplicação. Esse percurso visa mostrar, por um lado, que, mesmo depois do abandono do projeto do Tractatus, Wittgenstein ainda considera filosoficamente legítima a questão da harmonia entre linguagem, pensamento e realidade, desde que posta em outros termos; e, por outro lado, que as relações entre nossas formas de representação e a realidade são mais complexas do que pensara.