Capacidades de inovação nas multinacionais de países emergentes: as condições do paí­s de origem as influenciam?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fisch, Flávio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-09042018-092320/
Resumo: A Teoria de Negócios Internacionais sugere que ao aumentar o seu grau de internacionalização, as Empresas Multinacionais dos Países Emergentes dependerão cada vez menos dos efeitos dos seus países de origem, escapando assim das mazelas e deficiências desses países e igualando-se às Empresas Multinacionais dos Países Desenvolvidos. Essa argumentação de escape do país de origem, ou argumentação de escape, enfrenta, no entanto, dois desafios. O primeiro refere-se à geração das vantagens competitivas das multinacionais. As firmas originárias dos países desenvolvidos utilizam-se principalmente de capacidades tecnológicas e marketing para construir suas vantagens com base em seus produtos e marcas diferenciados, enquanto as multinacionais dos países emergentes o fazem a partir do aproveitamento de condições específicas do seu país de origem, utilizando-se de capacidades de inovação em processos e operações e em funções administrativas. O segundo desafio refere-se a evidências empíricas de que efeitos de país de origem se fazem sentir mesmo nas empresas multinacionais maduras de países desenvolvidos. A presente pesquisa busca ampliar o conhecimento sobre as capacidades de inovação das empresas multinacionais de países emergentes através do estudo dos limites do argumento do escape. Uma análise longitudinal das capacidades de inovação das empresas multinacionais brasileiras é utilizada para este fim. Estuda-se um período de cinco anos em que o ambiente de negócios do Brasil mudou de estável e favorável a turbulento e desafiador. A análise utiliza dois \"surveys\" aplicados em 2010 e 2015, além de informação complementar de fontes primárias e secundárias. Os resultados sugerem que as capacidades de inovação dessas empresas multinacionais ainda podem sofrer influência do ambiente institucional político e econômico do seu país de origem, mesmo com incremento do seu grau de internacionalização. Observam-se ainda diferentes consequências conforme a estratégia de internacionalização utilizada pelas firmas. As implicações dos achados são discutidas.