A information literacy e os deficientes visuais: um caminho para a autonomia?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Passos, Jeane dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-04112010-151448/
Resumo: Esta tese se propõe a discutir a problemática dos deficientes visuais, que tenham ingressado ou que sejam egressos do ensino superior paulista, do ponto de vista informacional, de forma a identificar como esses estudantes percebem a necessidade, adquirem, compreendem e utilizam a informação. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica discutindo os aspectos históricos e conceituais da Information Literacy, bem como suas ações voltadas para estudantes do ensino superior. Contextualizou-se o ambiente informacional do deficiente visual brasileiro, focalizando o ensino superior, bem como, ponderou-se sobre que cenário se apresenta a esses cidadãos do ponto de vista intelectual, tecnológico, de acesso aos recursos físicos, e de conteúdo. Nesse contexto, buscou-se mapear o conjunto de habilidades e competências informacionais a serem desenvolvidas pelos deficientes visuais, no processo de construção de trabalhos acadêmicos, compreendidas a partir do modelo Information Literacy desenvolvido por Carol Kuhlthau denominado Information Search Process ISP, no desenvolvimento dos instrumentos de coleta, no processo de coleta propriamente dito e na análise dos dados coletados. Por trata-se de um estudo exploratório, trabalhou-se numa abordagem qualitativa, elegendo o estudo de usuário para mapear as questões propostas. Realizou-se a entrevista semi-estruturada com 10 deficientes visuais pertencentes às modalidades do ensino superior de graduação e pós-graduação. Elaborou-se os resultados a partir do diagnóstico realizado na pesquisa e o estudo realizado por Christina Doyle no qual apresenta um levantamento dos predicados para uma pessoa ser considerada competente em informação. Como resultado final, apresenta-se um elenco de possíveis ações para que os atores do processo educacional do deficiente visual, sobretudo na educação superior, possam definir ações necessárias ao desenvolvimento ou promoção de programas de Information Literacy específicos para deficientes visuais, com o intuito de torná-los competentes em informação. Identificou-se que essas ações estão contidas em três dimensões relacionadas às barreiras de acessibilidade: informacional, digital e no âmbito dos relacionamentos.