Artroplastia de interposição com enxerto dérmico associado a fixador externo articulado para o tratamento da rigidez do cotovelo em adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira, Luis Alfredo Gómez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-08042024-163656/
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes adultos jovens com rigidez do cotovelo que não melhoram com o tratamento conservador podem ser tratados com artroplastia de interposição. Há poucos estudos com número significativo de pacientes e que avaliam os resultados a médio e longo prazo com esse procedimento. Além disso, a sobrevida do material interposto é pouco estudada. O objetivo primário deste estudo foi avaliar o resultado funcional artroplastia de interposição com enxerto dérmico autólogo associada à fixação externa dinâmica em pacientes com rigidez do cotovelo, de acordo com a escala MEPS, ao longo de cinco anos de seguimento. Os objetivos secundários foram avaliar o resultado funcional pelo questionário quickDASH, a dor pela escala EVA, o arco de movimento, as alterações nos exames de imagem e as complicações do procedimento. MÉTODOS: Série de casos retrospectiva, com dados coletados prospectivamente, com seguimento de cinco anos. Critérios de inclusão: adultos jovens entre 20 e 50 anos de idade, com maturidade esquelética, sem melhora com o tratamento conservador por período de 12 meses e ausências de infecção, lesão neurológica, bloqueio articular, pseudoartrose e consolidação viciosa no cotovelo. Critérios de exclusão: pacientes abaixo de 20 anos e acima de 50 anos de idade, não colaboração com o seguimento pós-operatório, incapacidade de responder aos questionários clínicos e portadores de patologias graves não relacionadas ao objetivo do estudo. Os pacientes foram submetidos ao procedimento cirúrgico por via posterior no cotovelo, sendo fixado o enxerto dérmico retirado da região inguinal do paciente na extremidade distal do úmero por sutura transóssea seguido de colocação de fixador externo articulado. As escalas clínicas MEPS, EVA e quickDASH e o arco de movimento foram aplicadas pré-operatoriamente e aos três e seis meses e anualmente de um a cinco anos. As avaliações por imagem foram realizadas pré-operatoriamente e aos cinco anos de seguimento. As complicações foram registradas ao longo do seguimento. O desfecho primário do estudo foi a escala MEPS aos cinco anos de seguimento. RESULTADOS: Quarenta pacientes, 24 homens e 16 mulheres, com média de idade de 38 anos foram incluídos no estudo. O lado dominante foi operado em 70% dos casos. As escalas MEPS, EVA e quickDASH evoluíram de 40,0, 9,5 e 43,0 pontos no pré-operatório para 67,5, 3,0 e 22,0 pontos aos cinco anos, respectivamente, com alteração estatisticamente significativa ao longo do tempo (p<0,001). Os arcos de flexão, extensão e flexoextensão evoluíram de 95o, 45o e 60o no pré-operatório para 120o, 20o e 110o aos cinco anos, respectivamente, com alteração estatisticamente significativa ao longo do tempo (p<0,001). Ocorreram 65% de complicações transitórias e 5% de complicações que comprometeram o resultado do procedimento cirúrgico. CONCLUSÕES: A artroplastia de interposição com enxerto dérmico autólogo associada à fixação externa articulada proporcionou melhora estatisticamente significante nas escalas MEPS, quickDASH e EVA e no arco de flexão, extensão e flexoextensão ao longo dos cinco anos de seguimento clínico. O padrão radiológico da artrose evoluiu favoravelmente no período estudado. Embora as complicações tenham sido frequentes, a maioria não necessitou de nova intervenção cirúrgica