Utilização de ceras, fungicidas e sanitizantes na conservação de goiabas ‘Pedro Sato’ sob condição ambiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Martínez Ojeda, Ramón
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20231122-101006/
Resumo: No presente trabalho avaliaram-se os efeitos de diversas ceras a base carnaúba, fungicidas e sanitizantes na conservação pós-colheita de goiabas ‘Pedro Sato’ armazenadas em condição ambiente. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Pós-Colheita do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ-USP, Piracicaba - SP. No primeiro experimento os frutos foram submetidos à aplicação de cinco ceras comerciais (Citrosol AK, Citrosol M, Fruit Wax, Meghwax ECF-100 e Cleantex wax), aplicadas manualmente com o auxílio de uma pipeta, na proporção de 0,15 a 0,20mL por fruto. Os frutos foram mantidos a 25°C e 60-70 UR. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com seis tratamentos, quatro repetições e cinco frutos por parcela. As goiabas foram caracterizadas imediatamente após a colheita e avaliadas aos dois, quatro e seis dias após a aplicação dos tratamentos quanto à perda de peso, cor da casca e da polpa, firmeza da polpa, teor de sólidos solúveis totais, acidez titulável total e conteúdo de vitamina C. Todas as ceras reduziram a incidência de podridões. No sexto dia, 30% dos frutos sem cera apresentavam-se com podridões, enquanto nos tratados variou entre 5 e 20%. A cera Meghwax ECF-100 proporcionou a menor incidência de podridões (5%), manteve a coloração da casca e a firmeza da polpa. Além disso, conferiu melhor aparência devido ao brilho proporcionado. Entretanto, verificaram-se pequenas alterações no sabor e no aroma e menor desenvolvimento da coloração vermelha na polpa. No segundo experimento, os frutos foram imersos em soluções de thiabendazole, prochloraz, imazalil, Ecolife 20, Fegatex, Nippolat, dióxido de cloro, carbonato de sódio, ácido bórico e hipoclorito de sódio. Frutos sem tratamento foram tomados como controle. As goiabas foram armazenadas sob condição ambiente (25°C) e avaliadas aos dois, quatro, seis e oito dias quanto à incidência de podridões e severidade das lesões; também foram monitoradas as características físico-químicas. Os frutos apresentaram, em média, 1,89%; 26,51%; 83,14% e 90,15% de podridões após dois, quatro, seis e oito dias de armazenamento, respectivamente. Os sanitizantes Ecolife 20, Fegatex, Nippolat, dióxido de cloro, carbonato de sódio, ácido bórico e hipoclorito de sódio e os fungicidas thiabendazole e imazalil não diferiram entre si e nem do controle, nos diferentes dias de avaliação. As goiabas tratadas com o fungicida prochloraz diferiram dos demais tratamentos e do controle. Estas não apresentaram podridões, além de apresentar melhor aparência, devido à uniformidade de coloração que adquiriram. A principal doença pós-colheita observada foi a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), seguida de podridão apical (Lasiodiplodia theobromae) e podridão preta (Pestalotiopsis psidii).