Biologia de Euophrys sutrix Holmberg, 1874 (Araneae, Salticidae) e suscetibilidade da espécie a acaricidas utilizados na citricultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Melo, Luiz Antonio da Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-195819/
Resumo: As aranhas são consideradas importantes predadores de insetos e seus níveis populacionais são utilizados como parâmetros na determinação da seletividade de defensivos aos inimigos naturais das pragas. Entretanto, não tem sido dada atenção às espécies de aranhas envolvidas e às suas características biológicas, que podem influenciar a ação dos pesticidas. A biologia e a etologia de Euophrys sutrix Holmberg, 1874 foi estudada, após a determinação da família Salticidae com a mais abundante em pomares cítricos do Estado de São Paulo. O estudo consistiu de observações do desenvolvimento pós-embrionário da espécie e de sua capacidade reprodutiva. Em adição, conduziram-se testes para determinar a toxicidade de acaricidas a E. sutrix. Estabeleceu-se a criação da espécie a partir de ovos coletados em Jaguariúna, SP. Posteriormente incluíram-se na criação, ninfas capturadas na mesma região. Ocorreram as fases de pré-larva, larva e ninfa, constatando-se, para esta, um total de 8 ecdises. As aranhas permaneceram inativas durante cerca da metade da fase ninfal que durou 208 dias. A mortalidade ninfal foi 87%, causada principalmente por deficiência nutricional que afetou a ecdise. A fertilidade e longevidade dos adultos também foram afetadas. Cada fêmea fértil depositou 287 ovos, que tiveram 33% de viabilidade. A primeira postura foi a mais viável, originando 66% dos descendentes. O ciclo de vida, desde a emergência até a morte dos adultos, durou 368 dias, enquanto que o período de ovo a ovo, durou 287 dias. Entre os acaricidas testados, dicofol, óxido de fembutatina e propargite foram inócuos a E. sutrix; bifentrim foi o mais tóxico à espécie.