Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Natalia Serra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-29102024-154332/
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Resumo: |
Carrapatos são vetores importantes, capazes de parasitar quase todas as classes de vertebrados e de transmitir uma variedade de doenças infecciosas. No cenário agropecuário, o carrapato Rhipicephalus microplus é particularmente nocivo para o gado bovino em áreas tropicais e subtropicais do mundo, representando um importante fator limitante significativo para a produtividade da bovinocultura. O controle do carrapato R. microplus é alcançado principalmente através da aplicação de acaricidas químicos. No entanto, o uso indiscriminado de acaricidas para carrapatos tem levado à contaminação do ambiental e dos produtos de origem animal, além de selecionar populações de carrapatos resistentes aos princípios ativos utilizados. Torna-se cada vez mais necessário o desenvolvimento de possibilidades mais sustentáveis e eficientes de controle do carrapato bovino, como as vacinas. Neste estudo, foi realizado um ensaio clínico de imunização vacinal em 30 novilhas da raça Holandês preto e branco usando uma combinação de dez proteínas recombinantes derivadas da saliva de R. microplus (formulação V1.0). Além disso, um grupo de animais foi imunizado com duas proteínas multiantigênicas (quimérica) adjuvantadas com hidróxido de alumínio (formulação V2.0). Após 35 dias da última imunização, os animais foram submetidos a uma infestação-desafio com carrapatos R. microplus. Os dados obtidos não indicaram proteção nos animais imunizados em comparação ao grupo controle, embora tenha ocorrido soroconversão antígeno-específica para quase todas as proteínas da formulação V1.0. Infere-se que o manejo experimental adotado não permitiu que os carrapatos completassem seu ciclo natural de alimentação, afetando a avaliação da eficácia das formulações vacinais. Além disso, a dose de 100μg da formulação quimérica V2.0 utilizada neste estudo pode ter sido insuficiente para induzir uma resposta imunológica eficaz e conferir proteção aos animais contra o carrapato. Ao final deste trabalho, procedeu-se ao desenho e produção de novas proteínas quiméricas, com menor massa molecular, que demonstraram um rendimento aproximadamente quatro vezes superior ao das proteínas usadas na formulação V2.0. Ademais, foi realizada a análise in silico de predição de epítopos de células B, que revelou que a maioria dos epítopos presentes nas proteínas individuais é mantida nas proteínas quiméricas. Estes resultados indicam que as novas proteínas multiantigênicas quiméricas provavelmente serão reconhecidas e induzirão uma resposta imunológica similar à observada com o uso individual na formulação V1.0. |